preguiça maluca não é preguiça
o mundo é daqueles que começam a se mexer antes dos outros
quem olha pra frente não olha pra trás, nem olha em volta, no começo da corrida
lá na frente é que olha, até espera um pouco, se tiver criado um bom coração
eu queria tanto perguntar pra alguém
se isso é só uma grande viagem
ou se as pessoas são mesmo escrotas
mundo mundo sem raimundices pra cima de mim
porque eu quero é mais!
e aí vem alguém e diz que odeia tudo
eu digo que eu odeio tudo mas amo os outros porque eu sou bom
gente escrota odeia os outros
gente bonita tem a chance de chegar antes dos outros
gente boa se revela quando olha pra trás
um beijo pra regina casé
e outro pra quem conseguiu ser mulher
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
on your own
tem um grande problema
que é saber medir o seu lugar
talvez seja um problema extremamente novo para o brasileiro
deixar de crer que a sua imagem de si
é real
olhar para si mesmo é diferente de olhar a partir de si mesmo
diferença que constitui a noção
perceber que os outros também
e que você também
esse é o fundamento para que não nos enganemos nas projeções de nós mesmos
o ponto de partida é mais e mais comum
e a igualdade late feroz para aqueles que se apegam a uma condição diferenciada
que é saber medir o seu lugar
talvez seja um problema extremamente novo para o brasileiro
deixar de crer que a sua imagem de si
é real
olhar para si mesmo é diferente de olhar a partir de si mesmo
diferença que constitui a noção
perceber que os outros também
e que você também
esse é o fundamento para que não nos enganemos nas projeções de nós mesmos
o ponto de partida é mais e mais comum
e a igualdade late feroz para aqueles que se apegam a uma condição diferenciada
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
uó
A infelicidade e o ressentimento que muitas vezes consomem pessoas que vivem em cidades, que estudaram e que têm o que comer se dão por motivos que elas mesmas dizem não entender. Não podem reclamar de nada, afinal, têm tudo, só reclamam porque têm que trabalhar, ou porque lhes falta amor, ou sucesso, como todos os reles mortais. Confusas entre seus gostos possivelmente decadentes e a convivência com outras pessoas possivelmente melhores, bate aquele medo horrível: de serem ou se tornarem pobres, de morarem mal, de não fazerem o que gostam... Isto é, de verem as suas vidas levadas pela mediocridade da qual sempre fizeram parte e não queriam fazer. Uó. Acontece é que as suas projeções de si mesmos são muito, muito erradas, porque, na verdade, não pertencem ao que há de melhor: não são melhores como pensavam ser, somos todos os mesmos. É que talvez achassem, que, puxa, por causa de um sobrenome, de uns títulos, ou de uma fazenda do avô, ou ainda, por causa de um apartamento ou de um enquadramento em padrões de consumo elevado por índices de instituições respeitáveis, ou, quem sabe, por habitarem um corpo bonito... ou melhor: por terem acreditado que querendo ver-se diferentes de todos, assim o seriam, assim poderiam ser. A medida da babaquice de uma pessoa está no grau da sua crença de que haja beleza na diferenciação: porque acreditam que sua natureza e seu gosto apurado são sinônimos de um futuro promissor - e, quem sabe, de bons relacionamentos! Mas quem deve julgá-los, se, afinal, somos iguais em desgraça! É melhor, nós que sabemos, que os deixemos seguir suas ilusões, que podem tornar-se reais; é melhor que, mesmo até que consigam, que não os invejemos - vai trabalhar, vagabundo! Porque, ora, em média, qual a soma total do que conseguem quando conseguem? O preço de um aluguel, ou da quitação de um, dois ou três imóveis!, 4 quilômetros mais próximo do centro, alguns reais a mais para se pagar num corte diferente de roupa, o acesso, mesmo que marginal, às melhores pessoas da cidade, do estado ou do país (do mundo?) e, talvez, uma velhice tranquila. Mas, se conseguem, é inegável que tenham crescido: é bonito e dá ouvidos - que merda...
Assinar:
Postagens (Atom)