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quarta-feira, 11 de setembro de 2013
impossível
Me pego esquecendo que somos feitos de amor e carinho e crio um conflito esperando que você possa me entender -- ou reverter um quadro implícito de diferenças tais... Depois me lembro, me leio, desisto. Não fica triste comigo. Se achei que tudo não tinha que ser assim: isso de eu e você não sermos a mesma coisa. Tem a física, a economia, a arte, a sociologia! Mas falta a sua companhia. Enfim...
sábado, 22 de junho de 2013
desdobramentos do superficial
Um jovem garoto acreditou que poderia realizar suas vontades acima de tudo. Um outro jovem garoto acreditou que suas vontades não eram realizáveis. Um garoto realizou as vontades, o outro, não -- não necessariamente aqueles primeiros dois. Pensar que a liberdade não pode ser atingida é um perigo que os liberais e os libertários vêem na "severidade consigo" que o pensamento marxista exige como consequência da proletarização, uma vez implantada a ditadura do proletariado -- talvez por gerações... Esse é o maior problema do mundo: como se libertar da severidade, principalmente pertencendo a uma classe social mais baixa, mesmo pensando o mundo a partir da igualdade, porque, numa causalidade da geração da moral, a vontade, o apetite, o desejo, são a priori, esses impulsos vitais -- a moralização é consequência da sociedade. Infelizmente, queremos antes de sermos proibidos, ainda que compreendamos a razão do impedimento.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
desdobramentos do superficial
Quando nos damos o limite de pensar a realidade dos bens materiais e simbólico da vida (ou vice-versa), esbarramos, inevitavelmente, no que pode separar, aos olhos de um tipo de progressistas, um conservador de um progressista. O fim da realidade, para os progressistas, deve ultrapassar e condenar os caprichos do apetite, sem que percebam que, talvez ali, resida o seu próprio gosto que, aos olhos dos ditos conservadores, seria de um vício um pouco sórdido de justificação. A profundidade como esses homens se percebem os leva a um esforço que os obriga a uma severidade. Já os por eles chamados de conservadores, por sua vez, enxergam o limite da realidade dos bens no limite da sua própria boa vida: o que chamam do seu gosto é o que os preserva de se esforçarem para além daquilo que a necessidade por justeza pode deles exigir, enquanto homens. Sim, pensam na sua própria vida, desacelerados por uma vontade de falta de esforço egoísta e pouco engajada -- e, como, com a preguiça, muitas vezes, vem uma alma morna, pode ser que procurem agir para o bem e com graça -- esse é o seu senso de justiça, que não vai além do sua economia do esforço... É quase lógico, por sua preguiça sensível, que não lutem bravamente por sobre os limites dos esforços humanos, até por crerem na própria preservação; mas, por uma sensibilidade, que é própria do homem, talvez procurem estender a mão. Para esses homens, reitero, os chamados (pelos tais progressistas...) de conservadores, o limite do seu gosto é onde está o limite da sua própria vida -- "e isso não é digno?" -- é comum que assim se defendam... Por isso é possível que neguem com muita veemência uma tal atribuição moral, porque economica (ou vice versa!), da modernidade, a todos os homens, conhecida como trabalho. Sem a força de uma pulsão para a produção, ali entre seus possíveis desejos de fazer o bem, seguidos do de se sentir bem, alheios, dessa forma, à realidade produtiva (mesmo que dela precisem para sobreviver), podem acabar sucumbindo numa pauperização material e simbólica, se não forem já cultivados e possuidores de boas riquezas, simbólicas ou materiais: a pauperização do apetite e da graça. "Assim nos agouram esses tais progressistas", eles ainda pensam! E podem, se caírem em miséria, acabar se desentendendo política, moral e esteticamente, por não exercitarem em si aquilo que a vida moderna nos fez, a nós, os iguais, necessitarmos para viver: trabalhar. É talvez a realidade da falta de bens para todos que faça a realidade da graça e do apetite (e do gosto!) impossível a todos os extratos sociais -- até moralmente e esteticamente; e que faça com que aumentem, ali na esfera da conscientização de si que torna necessário o trabalho, as probabilidades de que se cindam relações sociais que se cultivam apenas pela naturalidade do apetite. (Isso tudo sob essa tipologia advinda de tal pensamento progressista...)
segunda-feira, 3 de junho de 2013
domingo, 2 de junho de 2013
desdobramentos do superficial
Para nos preservarmos, enquanto pessoas que querem o bem-estar e não necessariamente a justiça, lançamos mão de determinados preconceitos -- estéticos. Rotulamos alguns encontros, algumas pessoas -- definimos uma sensação de socialização perigosa aos nossos anseios como de mau gosto. É assim que nos colocamos diante de alguns aparentemente deprimidos, diante dos aparentemente insatisfeitos, diante dos errados. Mas por que seriam eles assim? Pode ser que nos perguntemos, pode ser... Se alguns nem procuram a pergunta, outros têm medo da resposta; e param de querer discutir, porque vão ter que passar a pensar e agir para o bem: a nossa falta de boa-vontade com o errado, até o mais próximo, no sentido de ajudá-lo a alcançar uma colocação que agrade ao gosto, se por um lado nos preserva, por outro o degrada mais e mais -- porque o distancia daquilo de bom que podemos possuir; e pouco importa o quanto ele tente mudar, sozinho, a sua forma -- temo (e espero que ele saiba, até para que se rebele) que aquilo que o gosto valoriza seja restrito, e que o seu acesso seja, muitas vezes, impossível, principalmente por meio de uma simples empostação de boa-atitude com os que possuem aquilo que é bom, para que deem-lhe inocentemente. Do ponto de vista da educação sensível -- ou da educação social sensível, se preferirmos -- a proximidade e a posse dos bens, nesse caso simbólicos, é dada por elementos práticos, até enumeráveis, mas dificilmente o acaso e a sorte terão estado do seu lado para que ele tenha podido percebê-los e assimilá-los nas suas práticas. E os que possuem os bens para esse gosto, por terem assimilada a boa educação sensível de maneira minimamente racional, a seus próprios olhos, afastam-se do dito mau gosto, incompreensível, com a naturalidade indiscutível da clareza de interesses higiênico-emocionais. Aí nasce o injusto na estética social. Porque os que possuem, o bom gosto social mais especificamente, aqui, o adquiriram, no fim das contas, sem que os que não têm pudessem ter vindo a tê-lo. (E isso parece uma máxima para todos os tipos de bens.) Por isso têm que dar a eles tudo o que têm de bom e exaltar as suas características como boas (e assimilá-las às suas práticas!), como uma forma de contra-educação até, já que, educação, os sem bom gosto já não tiveram; como uma experiência, até; e de graça mesmo... Ou então, deveriam apenas conversar com eles e trocar ideias, como se não houvesse diferenças entre eles... No mínimo, porque não há... (Porque de que outra forma poderiam eles, que possuem, desenvolver a resolução de tal problema, gerando uma justiça da sensibilidade social? Talvez somente se desaparecessem.) Mas isso -- é demais?
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quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Algumas conversas enveredam para um lado que parece complicado de conversar. A falta de sentido da vida carrega a conversa, se não controlamos nossas paixões mais verdadeiras, para a velha e boa avaliação cruel da vida alheia. Os corpos, o destino, a reputação, a trajetória, o gosto. Feios são os preguiçosos que sonham com coisas belas. Belos são uns quase criminosos. Uma esperança há de vir, no entanto. Se lutamos por uma causa bem definida, se entendemos, enquanto feios, claramente o que nos torna feios, se nos entendemos, ora, enquanto subalternos, podemos lutar com algum sentido terreno contra alguma injustiça. Declare guerra contra inimigos.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
um estranho motivo de uma estranha agonia de alguém que não precisa sentir isso tudo. o caminho que escolheu, por conselhos dos outros também, não vamos excluir suas culpas, o leva a um destino sozinho. um fatalista deitado em sua cama, e suas escolhas não vislumbram alegrias. ele pensa, ele pensa em buscar uma missão que o leve, sozinho, na mais realizadora aventura! mas muitos contestam e calculam o seu provável erro, a sua loucura. todos uns fatalistas.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Eles se perguntam, eles, os mais irremediáveis, o motivo real para a inexorável, obrigatória socialização... E se pudessem viver sós? O mal que deles tomou conta os impede de aproveitar com a devida alegria os momentos em que se se reúne. Sua propensão a fingir diante dos outros é o que os torna frígidos; eles, que queriam ser os mais naturais, que eu sei, de tanto medo e vergonha, sofrem da própria interminável dor da insensibilidade para o prazer entre pares -- por quê?
terça-feira, 20 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
desdobramentos do superficial
Existe um problema, para muitos, quando pensam sobre o que vai os definir num futuro distante que cada vez mais se aproxima. Se perguntam, racionalmente e moralmente, se devem ou não tomar determinadas atitudes em relação a algumas pessoas que os rodeiam. Talvez por fraqueza, acreditam que, por uma combinação de trabalho duro e socializações forçadas, se construirão como seres humanos melhores ou piores, mais ou menos bem colocados profissionalmente, mais ou menos realizados e felizes, mais ou menos livres de muitos problemas dos quais queriam já estar livres sem nenhuma mudança de hábitos sentimentais. Acreditam, et voilà, que devem suar muito e fazer o filtro dos seus amores e das suas amizades -- tão simplesmente! -- estabelecer com quem se relacionam, para que sejam o tipo de pessoa que querem ser no futuro; se planejarem, afinal o mundo não é fácil e nem há espaço para todos entre os mais prestigiados. É então que um outro tipo de ser humano lhes aparece na mente como um futuro melhor possível. Alguém dotado de graça e de benevolência, generosidade, compaixão e empatia -- e talvez de um pouco de apatia e depressão, também! Pensam na maldade que podem realizar ao estabelecerem para os outros aquilo que vêem como limites do que são capazes de oferecer em troca de nada. Mas! Quando alguém em desespero os procura, para ajuda, normalmente, dão um freio, que se percebe com um semblante mais ou menos assim ou assado -- não há para quem tem muito trabalho de si a realizar... Esse segundo homem do futuro os traz muitos probleminhas desse tipo -- e hesitam -- porque dificilmente conseguem suportar tanta negação de si mesmos em virtude do próximo -- toda a sua pouca graça não completa diretamente os desejos dos outros, já que, muito provavelmente, as culpadas de tudo isso são a sociedade e a forma como se lida com a escassez e com a tecnologia de produção. Então os dois tipos tornam-se um mesmo... Apresentando-se um produto, num mecanismo de comparação e de empostação, decidem sobre o seu próprio futuro sucesso. E sobre o dos outros, de quem tacitamente se diferenciam. Sem nunca conseguirem escolher um dos dois extremos, o do filtro ou o da graça, vão empurrando seus sonhos e suas culpas num xadrez em que dizem "esses são mais meus e merecem mais / esses merecem menos e eu vou deixar pra trás". Mais ou menos assim... Esquecem, e talvez esse seja o ponto crucial da vida, é de deixar pra trás o valor perverso dos seus interesses e levam consigo esse tal sentimento, ao mesmo tempo malicioso e denunciado, pela dinâmica de relacionamentos. É a sociedade que os corrompe, no entanto... E então a naturalidade ingênua da vida social fica espremida, de novo, sem que queiram, entre a fortaleza de levarem a cabo os seus sonhos -- e os bons seriam aqueles que viriam com eles -- e a passividade do falso baixo interesse sobre os bens que se valoriza. "Que atitude nos seria mais natural socialmente? Que atitude nos seria mais natural socialmente??" E se confundem, mais uma vez...
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
porque sempre haverá (ou ainda há) os rockefeller
Muitas pessoas, talvez todas, dependendo da vida que andam levando, agem socialmente, quando estão reunidas numa sala de estar, numa varanda ou num churrasco no quintal -- mais até em escalas um pouco maiores, como em festas -- como se não estivessem diante de uma estranheza, uma deficiência que lhes é sintomática. Fingem -- e se esforçam tanto para isso que muitas vezes sustentam por longos e longos tempos esse fingimento. (Será que acreditam mesmo que conseguem fingir até para seus filhos, para que eles possam tentar ser felizes de verdade? Eu diria que não...) O que conseguem, no máximo, é suprimir as causas da estranheza do nível do conversável; por quererem viver numa realidade saudável, como ensina toda boa mãe de família... Não conseguem (é meu capricho revelar...) é sustentar essa postura -- nas salas de estar, nos churrascos do trabalho, em visitas prolongadas, em festas ruins e em conversas perdidas -- com a verdade necessária para que a deficiência seja extinta à força -- porque as condições nas quais sustentam-na não permite permanecer atuando tão bem, durante tanto tempo. Cansa; e todos, até os mais carentes, percebem o falso interesse -- ou o impedimento de conversar o inconversável -- e partem... É que a falta de empatia que temos, cada um, com a maioria das pessoas dos nossos respectivos mundos sociais, muito mais do que de intimidade, impede que nos cheguemos uns aos outros com suficiente profundidade de consentimentos em todos os 'eventos sociais' a que nos propomos, sejam eles com os mais diversos mas principalmente perversos objetivos; e isso fica tão mais forte com o tempo e conforme nos distanciamos da juventude, que podemos acabar nos encontrando num mundo em que sentimos dificuldade e medo de expor, para qualquer um, tudo aquilo que reprovamos e que achamos ridículo -- ou revelaríamos com mais clareza os nossos fantasmas, o nosso tipo abjeto, a nossa origem e o nosso destino de classe social! (risos)... Vemos, então, em conversas, digamos, atrofiadas por esse misto de vergonha e medo, surgirem momentos em assuntos em que as pessoas se esforçam ao máximo -- e falham -- para não demonstrarem realmente aquilo que define seus gostos, que demonstra qual valor inferem sobre determinados trejeitos e concepções de vida, por quererem, por quererem... Ah, porque é como se não pudessem ser eles mesmos! "Como parece superficial esse tipo de atitude, né? que tomamos diante da falta de intimidade..." diria uma prima de uma prima minha. "De empatia", eu silenciaria... (ou vice-versa!) -- Aí, enfim, vem um silêncio, um clássico silêncio, o atual silêncio incômodo da atual poesia melancólica... (risos...) E nesse silêncio, nesse espaço vazio que existe para fora das empatias, no terreno infértil da falta de delícia e interesse pelo outro, é aí onde nasce esse tal tipo de ação forçada que devemos ter no mundo ~social~, se quisermos, aí, socializar; é aí que aflora a estranheza, ele é o seu principal sintoma... Então puxamos outro assunto -- ou saímos de perto... Mas é preciso revelar que ele é ridículo, é meu capricho revelar que isso é ridículo! Porque esse silêncio, esse sintoma e suas causas, quando evidenciados, quando percebidos, geram duas ilusões, ridículas, que movem ilusoriamente um mundo social -- e que eu adoro fomentar: uma - de que pode distinguir um mal-educado de um bem-educado; outra - de que pode evocar uma liberdade de expressão tremenda, se posto em debate. Em última instância, se debatido ao seu cabo: ou pode levar ao delírio absoluto; ou sucumbirá fatalmente ao poder do ridículo (porque o debate será ~silenciosamente~ reprimido!).
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Ou sou eu
Ou a paranóia do sucesso por meio dos usos clássicos das nossas habilidades econômicas torna-nos um pouco obsoletos, ou a depressão toma uma forma crônica no mundo, pelo menos para a maior parte do tempo dele. A frustração relativa e o ressentimento conspiram pelo fim de um objetivo que se chama realização econômica. outro beijo pra regina casé.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
bicicleta como meio de transporte para todos
suzana confessa: "até parece mentira: eu só não corri pelo corredor eufórica porque não dá, né... atravessei ele sem sorrir, assim, escandalosamente, porque não dá, né... procurei algum colega para a piada do dia, mas não havia ninguém. tudo bem, a moça da recepção no telefone não disse até logo, mas sorriu, tudo bem também, e então eu sorri também. saí pela porta, esperei o elevador e ouvi alguma conversa de outros dois que já estavam lá. eu ri da graça deles, porque era tudo bem rir. ri-se no elevador com os outros, eu acho. saí do elevador e não disse tchau aos outros do elevador, não se diz tchau assim, sei lá, eu não disse e avancei em direção à saída, passei pela catraca, saí. estava sol, o maior sol. peguei meus óculos escuros e os vesti com um jetinho vaidoso de quase agradecer por estar sol, por ter rido da conversa do elevador e pela moça da recepção ter me dado a oportunidade de sorrir pra compensar a falta dos colegas pra piada do dia (juro que não fui maníaca no sorriso, porque não dá, né! NÉ?). peguei a minha bicicleta e voltei pra casa. PELA ORLA!"
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