quinta-feira, 28 de março de 2013
Algumas conversas enveredam para um lado que parece complicado de conversar. A falta de sentido da vida carrega a conversa, se não controlamos nossas paixões mais verdadeiras, para a velha e boa avaliação cruel da vida alheia. Os corpos, o destino, a reputação, a trajetória, o gosto. Feios são os preguiçosos que sonham com coisas belas. Belos são uns quase criminosos. Uma esperança há de vir, no entanto. Se lutamos por uma causa bem definida, se entendemos, enquanto feios, claramente o que nos torna feios, se nos entendemos, ora, enquanto subalternos, podemos lutar com algum sentido terreno contra alguma injustiça. Declare guerra contra inimigos.
terça-feira, 26 de março de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
onde está o comunismo?
O ser social que o passar da vida nos leva a nos tornarmos é uma questão que recorrentemente avalio em mim mesmo. O que me terá levado a ser quem serei, diante dos conflitos que decido e decidirei? Será que acredito mesmo que os meus gostos prevalecerão, em geral, na tomada de lado, na escolha dos que estarão próximos, no percurso rumo à minha trajetória completa? Espero que, então, tenha alcançado a inteireza da minha pessoa, onde o meu gosto finalmente terá me levado aonde estarei -- ou merecia estar... Eu, com todos os meus traços, com as minhas histórias e com a minha classe social.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
um estranho motivo de uma estranha agonia de alguém que não precisa sentir isso tudo. o caminho que escolheu, por conselhos dos outros também, não vamos excluir suas culpas, o leva a um destino sozinho. um fatalista deitado em sua cama, e suas escolhas não vislumbram alegrias. ele pensa, ele pensa em buscar uma missão que o leve, sozinho, na mais realizadora aventura! mas muitos contestam e calculam o seu provável erro, a sua loucura. todos uns fatalistas.
sábado, 5 de janeiro de 2013
os dois pragmatismos
O processo de inculcação não está nunca desvinculado do processo de conscientização em sociedades com pouca possibilidade de mobilidade social. Isto quer dizer que, por outro lado, em sociedades com alta possibilidade de ascensão social, os caminhos, as escolhas, os coquetismos, os hábitos de classe (etc) são determinados após o processo de envelhecimento, ou depois que se tenha atingido o ponto em que o indivíduo enxergue que suas possibilidades de ascensão tenham extinguido. Existe sempre um inderteminável no que diz respeito aos hábitos, no que diz respeito ao que determina uma classe social, nestas sociedades. Isto se mostra seja pelos exemplos de indivíduos que ascenderam socialmente (ou seja, se adquirem hábitos de uma classe social superior, apenas os adquirem após terem alcançado tal colocação social); seja por uma combinação de descaso e grande ambição das elites com relação à conservação de seu patrimônio, material e intelectual: o esforço consciente para conservar uma classe social não é o que necessariamente motiva o conservadorismo dessas elites, e sim uma ideia de gosto e facilidade na obtenção de bens - o esforço é realizado por quem quer ascender, e essas elites apenas selecionam o "aventureiro social" se ele lhes convence da boa oportunidade de baixo empreendimento. O que também quer dizer que, em sociedades em que as possibilidades de ascenção social são menores, menor é a intencionalidade do indivíduo para a ascenção social. Menos o indivíduo tentará modificar seus habitos, seus preconceitos, suas concepções -- com o pensamento no futuro, nas chances da sua graça... E assim pode ser que se aproxime mais da naturalidade em suas escolhas, já que elas estarão restritas por sua consciência de classe. Sua consciência de classe, portanto, lhe garantirá clareza sociológica e maior noção de justiça, assim como menor realização pessoal. Vê-se, então, uma diferenciação básica do emprego da racionalidade: um tipo de sociedade a emprega para a conscientização de classe (e, assim, para reflexões de cunho revolucionário, ou para ponderações de gostos relacionados às suas disposições objetivas de vida, em contraponto com o gosto das outras classes); o outro tipo de sociedade a emprega para um esforço progressivo de remodelamento corporal e habitual, desrespeitando os limites que suas frustrações na empreitada da ascenção social lhe impõem.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
a diferença entre descrição adjetivadora e substantivadora: diferenças no caráter do emissor? Talvez no teor e na confiabilidade do conteúdo gerado?
apenas uma mudança de espírito
mas que nos traz muitos, muitos significados sobre o desejo do emissor...
podemos dizer que a substantivadora revela uma certeza maior, ou uma impressão maior de cientificidade. a adjetivadora revela menos precisão e talvez mais espontaneidade -- e, pode ser, preguiça aos olhos de um cientista.
apenas uma mudança de espírito
mas que nos traz muitos, muitos significados sobre o desejo do emissor...
podemos dizer que a substantivadora revela uma certeza maior, ou uma impressão maior de cientificidade. a adjetivadora revela menos precisão e talvez mais espontaneidade -- e, pode ser, preguiça aos olhos de um cientista.
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