Na introduçao de "How to read marx", escrito por Peter osborne, o Filósofo inglês nos ajuda a comreender melhor o conceito do fetiche da mercadoria. Eu mesmo usava a difinição incorreta, se acordo com a definição do texto original do filósofo fundador da usa escola, o marxismo. As mercadorias possuem o seu cráter fetichizado à maneira das imagen religiosas: amos os objetos so postos ali com alguma mistificação, que confere a elas um aspecto santo. Existiria, para as imagens santas uma especialidade, que é a sua santidade, que é dada a ela sem que saibemos o processo que a tornou objeto de reza. As mercadorias no capitalismo, por sua vez, aparecem espontaneamente para os consumidores, e nós ignoramos o processo terreal que a formou. ah um fetiche de que as coisas não tem sua origem economico-produtiva, ou mesmo apenas produtiva. É essa falta de interesse no processo de constração das mercadorias que as faz aparecer ao convívio como objetos acabados, sobre os quais as pessoas fazem suas vidas. Mas um sentido do fetichismo que pode ser visto pela perspectiva do comprador, que o escolhe e o deseja. As mercadorias, esses prodjtos acabados e de origem desconhecida, despertam os sujeitos as suas vontade de possuir. Se há, portanto, uma dimensão clássica do fetiche que corresponde a essa alienaçao di processo produtivo, há uma otra dimensão, que é a do gozo do produtor realizado pelo consumidor. O trabalho empenhado, a tecnologia transgeracional, o tempo perdido, o trablho nela incluido é descoberto pelo seu desfrute. essa dimensãoelabora melhor a motivação econômica subjacente à produçao dos objetos mercadorias: essa dimensão mostr como a descoberta dos desejos é um estímulo ao desenvolvimento produtivoo, para que se realize a vontade das pessoas.
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
A conclusão final da liberação expressionista na urss tardia entabula uma outra reflexão. Se essa liberaçao se deu alargando-se o conceito de realismo, o alargamento da chancela socialista também pode ser expandido. minha proposta eh que quealquer tipo de expressionismo não pode ser negado enquanto arte", porque uma nova linha interpretativa do termo socialista deve usgir e deve encontrar algum otimismo, mesmo de um discuroso opositor ou dissidente.
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
o recurso ao absurdo e à ironia
Partamos da suposição de que
determinado ponto de vista, de que determinada ontologia seja verdadeira. Antes
de nos perguntarmos dos seus pressupostos, de esmiuçarmos os seus princípios –
para podá-los desde o início –, deixemos esse ponto de vista falar. Os seus
voos mais altos, as suas divagações mais absurdas, as suas digressões quase
infinitas, deixemos que tudo isso venha à tona. Façamos isso, agora, com
ironia. Levemos a cabo o maior dos absurdos dos absurdos que venham a derivar
das bases – supostas – dessa ontologia e escutemos com o som ácido do seu
contrário. Finjamos, para nós mesmos, que nós somos o oposto do que queremos
dizer, para dizermos o que queremos, por meio de uma
demonstração ilógica. Em
seguida, avancemos mais no absurdo, a fim de responder, dentro daqueles sérios
pressupostos ontológicos, às próprias críticas que a pura ironia lançou como
verdade, para destruí-la a troco de um deboche; faremos isso com o objetivo de
esgarçarmos, tanto mais quanto possível, o alcance final, as conclusões épicas
desses pressupostos. Restarão as perguntas: a que tudo isso serve? O que
fazer com isso? E podemos continuar, ao infinito, nessa mesma emulação, a fim de fazer testar-se uma hipótese.
Quem sabe, assim, encontremos... alguma seriedade.
Peguemos, então, o ponto de
vista materialista. O que seria, assim, um materialismo absurdo?
Ou, até, um materialismo histórico absurdo? Será que somos capazes de prever um
funcionamente de economia-política e de produção ideológica em uma situação de
supressão da propriedade privada -- trazendo consigo todas as consequências,
como a diminuição do valor conferido ao dinheiro?
quinta-feira, 23 de maio de 2024
A metafísica do impossível
Quando nos obrigamos a aceitar que os fatos são inamovíveis, estamos submetendo-nos. Por que devemos crer que o mundo opera de maneira a provar a sua existência como superior à nossa vontade? Em última instância, por mais que não queiramos, estamos reconhecendo que, nesse império do mundo, existem coisas impossíveis, que regulam a nossa capacidade de transformação da realidade a nosso favor. Por pensarmos na fatalidade inerente, sob a constatação inequívoca da nossa falta de poder, entendemos que as coisas impossíveis constituem uma organização do mundo, uma metafísica. O trauma, a dor, a tragédia, o amor fati: como conceitos, ainda que a posteriori, retratam a inexistência de uma especulação metafísica em aberto. Só há a metafísica do fato, um império. O realismo nietzscheano e existencialista, ou ateu, mesmo que se diga afirmador da vida, entende uma existência metafísica do real: o possível e o impossível. Ora, mas não seria a plasticidade do mundo infinita? Para os dessa corrente, parece que não. Sem nem perceber, defendemos -- nós, reles mortais, e eles, grandes filósofos -- a existência de um romantismo realista (e há que se querer o contrário: um realismo romântico)): é uma explicação irracionalizável que sustenta a superioridade do fato, seja pela alegação da experiência do trágico, seja pela sua argumentação intersubjetiva indizível, incomprovável -- desesperada; pois não se trata aqui de comprovar, mas, talvez, no máximo, de demonstrar: em pasmo -- mostro-lhes minhas cartas, e vocês me mostram as suas. E me digam: se não é isto um fato? Talvez essa seja a primeira metafísica irracional, por isso tenha sido também chamada de filosofia da vida. Por quê, mesmo, se ela afirma a morte, assim, como um fato?... Os alemães não conseguiram explicar muito bem.
segunda-feira, 29 de abril de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
materialismo abraâmico
Mas, então, aprendemos. "Finalmente!" Ah, sim! É isso o que fazemos, aprendemos -- e não é? Mas e por que aprendemos? Porque -- queremos. Queremos, portanto. Então aprendemos, finalmente aprendemos que aprendemos e o fazemos porque queremos. De tal maneira isso se dá que, talvez, seja irrelevante o que aprendemos, uma vez que o objeto de nossa apreensão é condicionado pela nossa vontade. Nosso animal faminto come tudo em linha reta, para nutrir-se bem! Ad infinitum! E, se é assim, o céu é o limite! O céu, aquele céu, que toda a nossa tradição religiosa identificou como a origem do absoluto, acaba retornando às nossas divagações epistemológicas de modo reverso: pela força do nosso estômago, transformamos a necessidade no infinito. E fizemos isso por causa da nossa necessidade de infinito. Toco um objeto e percebo seu limite e me submeto a ele, mas lhe desejo diferente, então o transformo -- até que a morte nos separe. Então toco a morte... e a ultrapasso: logo... desfaz-se o objeto, na sua acepção... necessária? A morte, então, é o símbolo da metafísica da permanência, da metafísica como estrutura. E a vida? A vida deverá significar uma outra -- metafísica: esta, abraâmica, que toma de empréstimo a possibilidade plástica do voluntarismo de deus. Deus, este, que está morto, mas que, ao morrer, deixou, para nós, sua nova visão de mundo. Contra a metafísica do impossível, herdamos uma metafísica abraâmica, porém aplicada ao realismo. E, assim, fez-se revelar, pela obsevação interessada, o novo materialismo, contraposto ao materialismo da necessidade: o materialismo abraâmico.