sábado, 6 de dezembro de 2014

fica a pergunta

O hierarquismo é um mal etnológico?

Eu conheço a sobrinha do Pereio

Tanta gente tão pobre e eu querendo ser feliz. Muita coisa que não foi comida e foi jogada fora e tanta gente tão pobre. Europeus vendo cinema novo boliviano e apreciando. Dentro de uma sala de aula, alguns alunos se juntam e outros ficam de fora. Mendigos sobrevivem durante quanto tempo, em média, numa cidade como o Rio?

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

sentimentos e opiniões

aprendi o que é certo e o que é justo com grandes marxistas do país. desejei o bom e o belo, inspirado pelos mais ímpios playboys esclarecidos pelo psicologismo existencialista. quero mudar de ideia sobre as coisas, mas continuo preso ao meu desejo de aproveitar a vida e à minha culpa por não agir sempre no sentido da revolução socialista. escondo-me no meu desaforo contra a pertinência das críticas alheias e camuflo mil preconceitos clássicos de um brasileiro com um sorriso franco ao porteiro branco. um beijo pra regina casé.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

eu moro com meus pais

todo dia eu esqueço alguma coisa antes de sair de casa e sinto um peso atávico de superação cármica intergeracional.

BIASED

A diferença entre as pessoas, no que diz respeito a "uma fotografia hierarquista intersubjetiva implícita", colhida por um mal etnológico, é infinita.

onde deixamos para trás fantasias velhas e fantasmas,
deixamos conosco um resíduo no fígado

Fígaro, Fígaro, Fígaro!

contestaram o uso de psicotrópicos

Fígaro!

caretices que não servem para nada

Fígaro!

alguém é obrigado a sofrer as consequências de escolhas irremediáveis?

Fígaro!

me desculpem

terça-feira, 11 de novembro de 2014

releitura bem jovem do sentimento do mundo

eu nas minhas

mal-curtindo desconfiar dos próximos,
ouço que não faz sentido acharmos
que pais e professores
estejam contra nós

eu nas minhas
eu nas minhas
eu nas minhas preguiças desconfiadas...

um mamífero no mundo

querendo tudo o que me é de direito porque vivo
e não acho justo ser menos

mas o futurismo retrô pós-apocalíptico deprê
responde:
mais coisas não são do que as coisas que são
e maior é o não ser do que o ser
tudo aquilo que não sou eu é maior do que eu
e eu então entendo o por quê -

segunda-feira, 21 de abril de 2014

oi

Eu pensei em agir conforme lia alguns escritos que me fizeram entender que a estagnação segue um princípio falso de segurança. Porque desbravar a realidade -- e até aumentá-la agora (ou no futuro) -- poderia nos garantir uma mudança específica, tendo-me diante do universo tal qual ele poderia vir-a-ser... Infelizmente, no entanto, à conformidade com que procurava mais informações que me confirmassem a segurança para que pudesse ir finalmente, encontrava as tais pedras no caminho, que não necessariamente me faziam desviar da rota. Mas me faziam desviar na rota e até parar, para observar; eu então ficava: parado ou andando, atrasado ou consciente do que fazia? E o tempo perdido do medo de não conseguir o tanto que me faltava -- se eu quisesse? De um livro a outro, analisando os pontos de vista acumulados, desligado do caminho, enfim, certo, para onde eu queria ser levado... e eu estava, risos, farto, risos, de ter que considerar os outros -- humanos, pensamentos, vertentes -- para que pudesse discordar ou concordar e partir para ser feliz ou alcançar. Na analítica das muitas formas de se pensar. É que o sofrimento me atemorizava na mesma medida em que eu me iluminava com as possibilidades de liberdade e felicidade que a minha falta de moralismos esperava de mim, já que só se vive uma vez... eu envelhecia porque eu fingia me esquecer de fazer aquilo que precisava (ou que queria). Ou envelhecia mesmo, não importando as possíveis conquistas materiais, emocionais, espirituais que me tranquilizassem -- ou me garantissem a vida que eu queria ter, com o meu auto-prestígio estendido à suficiência do meu desejo de ser.