quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Aquele alô

Só pra dar aquele alô. É, aquela coisa bem comum, que em geral acontece. As pessoas encontram umas com as outras, cumprimentam-se, não há mais a ssunto e vão. Foi só pra dar aquele alô. Tipo eu hoje aqui. Vo dar uma volta, depois a gente se vê!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Reflexões insomníacas



É notável e admirável a característica humana de ter consciência sobre qualquer ato que ele faça, mas não necessariamente irá ser capaz de mudar a realidade. E para não ser mal interpretado, ou melhor, para que vocês possam interpretar do meu ponto de vista, me sinto na obrigação de lhes elucidar uma nova conceituação de consciência.
A consciência consiste na capacidade de se ter ciência sobre todo o processo em que se está envolvido. Não garante capacidade totalmente autônoma de agir. E sim de sentir. De saber que está sentindo, de perceber que está percebendo, de saber porquê está acontecendo determinada coisa. E como ela teria surgido? Surgiu como uma adaptação evolutiva. O ser que possuía a consciência se tornou mais adaptado ao meio que outros animais que não contavam – ainda não contam – com ela. A consciência surgiu em uma situação limítrofe. De sobrevivência, de necessidades extremas. Portanto, quando estamos em necessidades extremas, nossa consciência alcança o seu poder máximo. Talvez a única situação em que ela seja realmente capaz de mudar alguma coisa. E realmente foi. Salvou a espécie humana da extinção, ou melhor, criou a espécie humana. Quando em situações banais, sem necessidades emergenciais, a consciência “enferruja”. Não atinge mais a sua capacidade máxima.
E o que seria viver uma situação limítrofe? Seria possível vive-la na sociedade de hoje? Uma situação limítrofe pode ser encarada como qualquer situação em que você sente extrema falta de alguma coisa que só acaba percebendo o quanto necessitava daquilo quando o perdeu. Começa então um processo de utilização da consciência. Ela passa a perceber todas as nuances de tudo, de maneira real. E percebe tanto isso que muda alguma coisa para poder cegar-se por mais tempo. Para ter certeza de que vai estar seguro e que não precisará utilizar um sentido seu para sair de uma enrascada. Brigas com namorados, festas chatas, problemas com amigos, tudo situações limítrofes, numa sociedade onde a selva é de concreto.
Portanto, o homem só é capaz de ter uma ciência maior, mais completa, imparcial, como que de um espectro observando tudo. E agir cabe ao excesso do exercício da consciência a capacidade de ação. Qualquer ato é feito conscientemente, os limítrofes muito mais, os banais sim, pois são frutos de uma conquista, de um objetivo: não ter mais necessidades.

Novos rumos?

Mudemos os rumos, é o que sempre se pede. devemos mudar não mudando nada, pra ver no que vai dar. Mas eu proponho uma mudança, a velha e clichê mudança. Paremos de viver revirando, entendendo, complementando, nos matirizando pelos conceitos que já estabelecemos. Paremos de ir tentar entender tudo aquilo que já se sabe. já se sabe da pobreza, dos males do cigarro, dos riscos ao andar de carro, de avião, das guerras no Oriente Médio, das injustiças do sistema capitalista, da volatilidade do caráter humano, das relações enojadoras de poder. Já sabemos de tudo aquilo que a matéria nos pôde mostrar. Vamos ao estudo das profundezas. Das sensações impalpáveis, de tudo aquilo que temos como incerto. Chega de estudos das nossas afirmações, precisamos de um estudo das dúvidas, daquilo que determina o que é e que se determina como possibilidade. Exploremos as possibilidades...

Fazer o que...

Aqui é o lugar
Aqui é pra ficar
pra trabalhar
pra cumprimentar

Não volto mais
Não tenho mais paz
Nada mais me satisfaz
Mas nem por nada eu volto atrás

É assim que é
Se não, como ser?
Independe do que se quer
"Pelo menos dá pra ter prazer!"

Dá pra ter
dá pra esquecer
dá pra entender
compreender.

E aqui vou viver.
Só aqui dá pra viver.
Só assim dá pra viver,
só assim...

(Just Like That, já dizia Ashley Tinsdale)

Me leva que eu vô

Há muitas coisas nesse mundo que são bastante revoltantes. Coisas essas que se encontra explicação para a existência, é lógico, pra tudo há uma explicação, mas são aquelas coisas que naturalmente, inocentemente, todos nos perguntamos da necessidade da existência daquilo. A maior delas acredito, seja o sistema em que vivemos. É só nascer para estar preso a ele. Você já nasce fruto de algum de tipo de concepção a seu respeito por parte de sua mãe; o detalhe é você ainda não ter nem vivido para ser vítima de julgamentos. Enfim, e todos os pais, inclusive os inconseqüentes, sabem que seus filhos irão passar por todos os processos de enquadramento no sistema, logo, indiretamente, você já concordava com o sistema antes que você pudesse percebê-lo e assimilá-lo. Aí você cresce, convive com todos, tem que dividir coisas, ganha presentes dos outros, aprende que há o seu, que há o outro, aprende que pode se divertir às custas dos outros, que podem se divertir às suas custas, que você pode brigar, ser legal, e que invariavelmente estará sendo observado. O tempo todo terão algum olho em você. saberão onde você mora, quanto paga de imposto. Alguém saberá de coisas da sua vida. Sempre. Sua vida nunca é sua. Você já nasce sendo a vida dos seus pais. É chato, eu sei. Sente-se até um afeto muito forte pelos entes do sistema, fazendo com que você não saia dele. É tudo tào bizarro que eu nem sei como eu estou aqui escrevendo no computador. Como que eu consigo surportar toda essa maldade conspiratória que circunda o mundo. Não entendo como me contento digitando palavrinhas num arquivo virtual aberto. Não sei como não me matei. Deve ser instintivo...

domingo, 27 de janeiro de 2008

mini[shitty]ensaio sobre o valor metafísico da beleza

o que me faz conseguir existir no mesmo mundo que eu e você sabemos que estamos vivendo é somente a mania de enxergar a beleza inerente aos gestos francos, às milhares de situações, e expressões, e confissões altamente cinematográficas. aos próprios filmes! - estes, aliás, aos quais devo agradecer especialmente pela sua contundente influência na (minha?) vida cotidiana.
em tempos onde tudo o que te fazem a vida inteira é enfiar protocolos e esteriótipos goela a baixo, o que não precisa ser, o muito-além-do-curricular, o que é livre e deliberadamente ímpar, tem uma expressão exageradamente forte. o belo, e daí excluem-se todas as formas tendenciosas de alcançá-lo, está fora dos esquadros, nas arestas propositalmente não aparadas.
desde que me toquei que sigo e busco a estética por trás de todas as coisas (desde a forma como algo poderia ter sido dito, até a not only physical vaidade descompensada) compreendi bem mais clara e confortavelmente as tendências dos meus comportamentos e carências.
ah sim. e desculpa, eu não sou fútil. só me sinto impelida a admirar todo o universo daquilo que é, ainda que sem a necessidade de ser.

Eu & Eu

Estou sendo consumido, admito. Há algo intangível que consome brutalmente. Consome meu tempo, consmoe minhas ações, não sinto mais como se tivesse comando total sobre mim mesmo. Não é como se não agisse, é como se tudo o que eu fizesse não fosse totalmente controlado por mim. Sempre penso depois como deveria ter agido e penso que se eu tivesse pensado um pouco mais teria conseguido do jeito que eu queria. Mas não tenho essa pausa imensa pra pensar. Ninguém espera tanto assim por uma ação. Portanto, ajo rápido. Não eu totalmente, sou agido. Eu faço acontecer de algma forma, mas não é o meu Eu planejador e preocupado que age. É um Eu descontrolado, que me assume pela metade nos momentos supetivos (de supetão). E essa metade toma a voz, como se visse o meu verdadeiro eu gaguejando e toma as atitudes com um ar de "eu sei o que estou fazendo, idiota!". É sempre esse Eu que age, tanto porque vive-se muito mais sob ações do que sob reflexões. O tempo para refletir, porém, sempre acaba surgindo e eu sempre acabo expulsando esse meu Eu companheiro. Espero não vê-lo nunca mais, tenho tempo para pensar nas ações, fico pensando e não fazendo nada. Aí meu metabolismo pede alguma coisa, meu metabolismo que chama aquele Eu. ATP precisa ser usada, já foi muito produzida, muita glicose já foi quebrada para nada. Meu metabolismo, maldito e burro - pois se soubesse das complicações em que esse Eu costuma meter os outros... - chama aquele desgraçado. Ele vem, e ele vindo eu faço. Vejo TV, como, converso, ligo para alguém, fodo, fumo, escrevo inutilidades, leio inutilidades, acesso a internet, o computador, tudo para estar fazendo alguma coisa. E o pior, me sinto totalmente impotente diante dele. Ele tem o poder. Ele é capaz de persuadir. Ele é o cara. Acho que ele é o meu Tyler Durden. Ele age, e eu observo. vou começar a propor acordos...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Toque final

Só pra dar aquele toque final, pra dizer pra mim mesmo que fiz alguma coisa não tão tensa assim, que sou capaz de me exprimir de maneira simplista, que não estou aqui só pra ficar enchendo todo mundo com reflexões pessimistas, que faço tudo isso aqui e ainda termino botndo os bofes pra fora, rodando a baiana e dando toda aquela alienação que em geral se procura nessa vida. É isso. Obrigado pela audiência.

Pocket Tenses

Inatismo e empirismo: a certeza por si só e a certeza das múltiplas possibilidades. Ê vidão!

Melô do adolescente pré-transexual: “I’m not a girl... NOT YET a woman...”

"'Coersão'? Não, não, tá vendendo como 'Vida'..."

A certeza e a dúvida são duas estruturadoras de comportamento, pensamento e ideologia. Elas, em geral alternando-se, constroem tudo o que hoje se pode dizer feito pelo homem. As duas são o que são. Nós não direcionamos nossos pensamentos, nossa ações, são elas, as duas, mancomunadas, rindo. E se paro para olhar para elas, inicialmente acho que sou eu que penso assim. Sou eu tenho dúvidas e certezas, sou eu que movimento tudo, sou eu que giro no mundo. Quem não pensava assim aos 8 anos de idade? Mas não é bem assim que a banda toca, diriam por aí. A dúvida e a certeza já estão aí muito antes do que se pode prever. A dúvida e a certeza estão presentes desde o primeiro humano a surgir. “Ei, não houve o primeiro humano, foi um processo lento e ainda acontece, todos os dias.” Desde sempre, então, elas estiveram aí. Desde que se fez vida se precisou optar. Sem consciência, por reações metabólicas, organismos escolhiam, se direcionavam, eram eles que mudavam, eles que transformavam. Antes que eles pudessem fazer algo por eles, já estavam expostos às leis da vida. Já estavam expostos a uma dúvida, a um momento em que seu organismo demorasse um pouco mais para receber informações devidas, um momento em que a ciência total sobre determinado campo de percepção ainda estava sendo atingida. Sempre houve momentos de dúvida. E momentos de certezas. Momentos de ir, de afirmação, de Amor Fati, em que se vê a esperança, o objetivo alcançado, onde se observam perfeitamente todas as nuances e se vai. Se deixa ir. Apenas se direciona. Elas realmente parecem estar além do nosso formato, elas são o formato do mundo.

E lá vêm elas de novo: ou não!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Painel

Há um sentimento novo no ar. Um sentimento que parece ser dos tempos de hoje. Um sentimento que está em vias de ser expresso por alguém extremamente revolucionário. Será algo realmente diferente, novo, bom, inteligente. Diria que como aqueles do século das luzes, como os clássicos, como os grandes cientistas do século 19. Mas quem são as pessoas hoje? Qual a real potência doindivíduo perante as instituições? Que instituições são essas que não são controladas por um único indivíduo, e sim por um grupo deles? Esse é o indivíduo. Que se vê capaz, não mais como um ganhador da loteria. Não ficará para toda a eternidade lembrá-lo. Não fará nada para que fique para sempre. É o estopim da razão. Não vamos a lugar nenhum mesmo. Temos que vencer aqui. Poucos acreditam numa só voz. Só crêem na voz de algo sólido. E a solidez, o que é, senão um acúmulo incontável de credibilidade? O que é solidez senão tradição? Senão segurança? Daí a fraqueza do indivíduo. Fraqueza perante as provas constatadas pelas sua espécie. Pela humanidade. Isso sim tem credibilidade. Aquilo que envolve etapas, aquilo que envolve nome, aquilo é solidez. E essa solidez também envolve poder. Os sólidos nao querem perdê-lo. Os sólidos não são mais humanos, são grupos deles. "Duas cabeças pensam melhor do que uma". Um grupo de cabeças visando um só objetivo pensam ainda melhor. O grupo de cabeças visa não perder suas cabeças, quer dizer, seu dinheiro, quer dizer, seu poder. O grupo de pessoas, eu diria, não tem mais poder. Tem influência. Como tudo nos tempos de hoje, joga com as possibilidades e porbabilidades. Joga com a restrição delas para que atinja o ideal. Esse é o grupo de pessoas que manda. Que fica no poder, as pessoas oscilam, mas o grupo não, dando chance. Dando possibilidade de influência, ou seja, possibilidade de ter possibilidade de poder. Está tudo muito pouco palpável. Todos buscamos com tudo palpar. A razão, essa maldita, funcionando para as necessidades. Procurando caminhos mais curtos. E a projeção não é mais o caminho mais rápido, é consequência daquele grupo que influencia. Não se consegue mais poder pelo que se faz. Se faz pelo poder que se consegue. E conseguir o poder nada tem a ver com individualidade. Tem a ver com determinação e individualismo. voce pode estar no poder, mas nao como desejava estar. você pode mandar e não opinar. Contente-se.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

liberdade é poder contar com polegares opositores... Pinsando um American Express Card Gold.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Cada vez mais. Cada vez mais. Cada vez mais vai dando uma certeza de que cada vez mais vou acumular um fluxo de 'cada vez mais's que vai me dando um sono, que vai me dando uma fome, uma vontade de fumar, uma vontade de ver tv, de ver o jogo no Maracanà, de sair pra viajar. Cada vez mais saturação, cada vez menos idéias.
liberdade é poder contar com polegares opositores.

Tempo?

E aí, como anda a vida? A vida não anda, diriam, se arrasta, e puxa tudo o que está preso a ela. Vai levando consigo também ela mesma. Vai correndo, desesperadamente, pro ralo. A vida parece uma água mesmo, sempre segue a correnteza. E quem vive nela, sempre segue a correnteza também, vai indo, vai pensando, mas ao mesmo tempo agindo, vai pensando, e o tempo passando, vai pensando, até a hora que não dá mais. O tempo acabou, a água entrou pelo ralo. Não tem mais essa.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Frustração

Falou que ia mudar o mundo. Reclamou de todas as injustiças oriundas de um sistema de organização economico-socio-político avassalador, o nosso querido quase tão falado quanto Jesus Capitalismo. "Que país é esse?", "Vamos todos juntos", "Vamos pensar nos outros", "Fim à impunidade". Estava tudo relamente lindo, me sentia comovido por aquilo, quis muito mudar. Até que uma imagem me chocou. Vi uma porpaganda muito indecente do Bradesco. Um apoio da Petrobrás. A Globo estava transmitindo. Não há mais nada, nem nenhuma palavra, capaz de ameaçar a estabilidade dessa hegemonia.

Mudar

Enquanto todo o mundo parece calar-se a respeito do que realmente se deve mudar em tudo, milhões de pessoas ao redor dele queimam suas mufas em silêncio para lançar à humanidade todas as posturas que devem ser tomadas. Não devíamos estar todos pensando nisso? E todos esses que pensam em silêncio, não deveriam estar já pregando? Não deveriam estar produzindo, ao invés de calar-se em suas reflexões? É tudo muito mais difícil do que se pensa. Todas as mentes têm organismos. Todos os organismos têm necessidades. É preciso que essas necessidade sucumbam perante a mudança. Acabo ficando com as necessidades.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Come alface pra cagar no shape

Depois de duas semanas de uma diarréia, nada mais que isso, sem febre, sem dores, sem sofrimento, Catarina, 17, uma menina que tinha total liberdade entre as amigas, comentou com sua amiga Analis, 17 também, sobre a amorfidade de seu excreto anal. Analis, já bem experiente no assunto, sacou logo que a amiga acordava com aquela vontade inigualável de cagar, e que cagava durante um bom período pela manhã, até parar de cagar. Analis já tinha passado por isso, mas já resolvera. Fazia esportes, alimentava-se direito, tinha hábitos saudáveis. Mas tudo havia começado por um simples conselho que outra amiga, essa só de Analis, tinha dado, que havia sido O Empurrãozinho necessário para toda uma guinada pela qualidade de vida e pela beleza. Tudo havia começado naquele problema com as fezes.

Foi então que Analis disse para sua amiga o tal conselho, prevendo uma inconsciente melhora dos hábitos da amiga, assim como os seus: "Amiga, vô te dá um conselho! Come alface pra cagar no shape!"

E não é que a potranca ficou magrinha, saudável e de bem com a vida? Foi todo um processo. Aquele alface - logicamente figurativo, ela havia compreendido, simbolizava a salada - que Catarina começou a comer, seguindo os conselhos da amiga, fez com que ela desenvolvesse o gosto pela coisa. Passou a comer salada, cada vez mais. E viu que cagava bem melhor. E que, diferente de como pensava antes, via-se feliz ao acordar e ver que não mais cagava mole, agora cagava duro - e seu cocô boiava, emergia! Era um bom sinal de saúde. E um bom combustível para se iniciar um dia; como diz o velho ditado que a primeira impressão é a que fica, a primeira impressão que Catarina tinha no seu dia era um cocô totalmente perfeito, era realmente no shape que deveria ser. Catarina se viu capaz de mudar as suas fezes, o que parecia impossível. Aquilo era para ela mágico. Dava uma motivação para continuar a viver, e viver melhor, ela tinha o direito. A motivação criada pela confirmação de que cagava bem refletia em tudo: buscava agora praticar esportes, fazer um tratamento de beleza, pintar o cabelo, passou a gostar de se maquiar, sair pra dançar... Catarina estava ficando linda. Catarina voltava a sair com Analis, que já estava linda há mais tempo, não mais pedia conselhos, se divertiam, e tudo graças àquele conselho.

Passado um tempo, uma outra amiga, essa só de Catarina, veio conversar com ela, sobre uma coisa estranha que estava acontecendo com seu sistema digestivo. Não queria dizer mas disse: estava com caganeira. Catarina combinou de encontrar com essa amiga, Lidia. Ela estava péssima, gorda, mal vestida, mal cheirosa, sem maquiagem, tinha toda a cara de quem cagava mal. Foi então que Catarina recebeu uma luz no seu coração: deveria dar aquele conselho a essa amiga. Lidia também merecia perceber que também tinha o direito de ser melhor. Catarina não hesitou e passou aquele conselho, que acabava se tornando uma tradição entre as mulheres ao alcance do horizonte dela: "Amiga, come alface pra cagar no shape!"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Botar pra fora era o que eu pretendia fazer ao escrever quando comecei a fazê-lo. E não foi a nada disso que essa prática me direcionou. A tentativa era cansativa, sempre buscadno aprimoramentos, refinamentos, proximidade cada vez maior do pensamento, do sentimento, das idéias, até a perfeição. Mas nunca ia pra lá. Até que me conformei.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Alguma Coisa

Começar a escrever às vezes pode ser um sacrifício, mas sempre acaba saindo. Você pode começar falando exatamente o que está pensando, como foi esse caso, pode começar escrevendo uma retrospectiva, pode elucidar um ponto de vista muito comum, enfim, em geral, o começo da escrita é aquilo que define tudo, por isso o mais difícil.
Os motivos pelos quais se escreve, por outro lado, são as coisas mais corriqueiras do mundo. Basta pensar. Você pensa em escrever quando não escreve, pensa em escrever quando escreve, quando vai escrever; pensar temas não nem um pouco sacrificante.
E escrever, em algumas muitas vezes, pode se tornar algo extremamente normal. Assim como tudo o que repete. E como tudo o que repete se torna maleável, flexível para quem repete, escrever vira uma brincadeira de cubinhos. Basta dizer para mim mesmo: "vou escrever" e sai alguma coisa.
Viu?