quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

bullshit

a superação do estado de crítica envolve a abstração ou a ponderação de determinadas realidades desagradáveis que se apresentam. deve-se fazê-las tornarem-se indizíveis. deve-se impor o respeito diante das fragilidades alheias e o silêncio diante das injustiças do sistema. Com Sabedoria e Tranquilidade.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

uma mulher perdida entre a sua vontade de não fazer nada e o medo de começar a fazer, porque talvez seja ridículo. uma mulher presa numa ideia de que deve ser mais bem remunerada, mas acha que não faz aquilo que gosta. uma mulher na inatividade, porque está a espera de uma vocação que a faça mover-se. esparramada.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

caetano

muito amor é preciso para que todas as diferenças se tornem tranquilas na vida normal. muito mesmo, muito amor é preciso para que toda a tristeza que pode surgir nos quaisqueres com o erro de agir natural dos melhores seja confortada. entre uns e outros, é preciso amor para que os assuntos sejam os que se bem diz. e é somente com a aquisição desse amor que se passa a gostar do caetano veloso.

sábado, 14 de setembro de 2013

toda vez eu me sinto como se não tivesse sido capaz de escolher os meu sentimentos. tenho vontade de escolher como sinto coisas em relação a pessoas. mas pessoas sentem coisas em relação a mim e não se policiam por isso. minha reação, mesmo que não aparente, é espontânea. tenho preguiça de me controlar, embora tenha medo de me expor totalmente. quando esqueço que possivelmente me fizeram mal, consigo viver normalmente. quando me lembro, não gosto do que penso. quando penso o que não gosto, não consigo achar solução.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

impossível

Me pego esquecendo que somos feitos de amor e carinho e crio um conflito esperando que você possa me entender -- ou reverter um quadro implícito de diferenças tais... Depois me lembro, me leio, desisto. Não fica triste comigo. Se achei que tudo não tinha que ser assim: isso de eu e você não sermos a mesma coisa. Tem a física, a economia, a arte, a sociologia! Mas falta a sua companhia. Enfim...

a alegria não está no esforço. não.

sábado, 22 de junho de 2013

desdobramentos do superficial

Um jovem garoto acreditou que poderia realizar suas vontades acima de tudo. Um outro jovem garoto acreditou que suas vontades não eram realizáveis. Um garoto realizou as vontades, o outro, não -- não necessariamente aqueles primeiros dois. Pensar que a liberdade não pode ser atingida é um perigo que os liberais e os libertários vêem na "severidade consigo" que o pensamento marxista exige como consequência da proletarização, uma vez implantada a ditadura do proletariado -- talvez por gerações... Esse é o maior problema do mundo: como se libertar da severidade, principalmente pertencendo a uma classe social mais baixa, mesmo pensando o mundo a partir da igualdade, porque, numa causalidade da geração da moral, a vontade, o apetite, o desejo, são a priori, esses impulsos vitais -- a moralização é consequência da sociedade. Infelizmente, queremos antes de sermos proibidos, ainda que compreendamos a razão do impedimento.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

desdobramentos do superficial

Quando nos damos o limite de pensar a realidade dos bens materiais e simbólico da vida (ou vice-versa), esbarramos, inevitavelmente, no que pode separar, aos olhos de um tipo de progressistas, um conservador de um progressista. O fim da realidade, para os progressistas, deve ultrapassar e condenar os caprichos do apetite, sem que percebam que, talvez ali, resida o seu próprio gosto que, aos olhos dos ditos conservadores, seria de um vício um pouco sórdido de justificação. A profundidade como esses homens se percebem os leva a um esforço que os obriga a uma severidade. Já os por eles chamados de conservadores, por sua vez, enxergam o limite da realidade dos bens no limite da sua própria boa vida: o que chamam do seu gosto é o que os preserva de se esforçarem para além daquilo que a necessidade por justeza pode deles exigir, enquanto homens. Sim, pensam na sua própria vida, desacelerados por uma vontade de falta de esforço egoísta e pouco engajada -- e, como, com a preguiça, muitas vezes, vem uma alma morna, pode ser que procurem agir para o bem e com graça -- esse é o seu senso de justiça, que não vai além do sua economia do esforço... É quase lógico, por sua preguiça sensível, que não lutem bravamente por sobre os limites dos esforços humanos, até por crerem na própria preservação; mas, por uma sensibilidade, que é própria do homem, talvez procurem estender a mão. Para esses homens, reitero, os chamados (pelos tais progressistas...) de conservadores, o limite do seu gosto é onde está o limite da sua própria vida -- "e isso não é digno?" -- é comum que assim se defendam... Por isso é possível que neguem com muita veemência uma tal atribuição moral, porque economica (ou vice versa!), da modernidade, a todos os homens, conhecida como trabalho. Sem a força de uma pulsão para a produção, ali entre seus possíveis desejos de fazer o bem, seguidos do de se sentir bem, alheios, dessa forma, à realidade produtiva (mesmo que dela precisem para sobreviver), podem acabar sucumbindo numa pauperização material e simbólica, se não forem já cultivados e possuidores de boas riquezas, simbólicas ou materiais: a pauperização do apetite e da graça. "Assim nos agouram esses tais progressistas", eles ainda pensam! E podem, se caírem em miséria, acabar se desentendendo política, moral e esteticamente, por não exercitarem em si aquilo que a vida moderna nos fez, a nós, os iguais, necessitarmos para viver: trabalhar. É talvez a realidade da falta de bens para todos que faça a realidade da graça e do apetite (e do gosto!) impossível a todos os extratos sociais -- até moralmente e esteticamente; e que faça com que aumentem, ali na esfera da conscientização de si que torna necessário o trabalho, as probabilidades de que se cindam relações sociais que se cultivam apenas pela naturalidade do apetite. (Isso tudo sob essa tipologia advinda de tal pensamento progressista...)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O que, inicialmente, podemos pensar um erro nos desígnios do nosso destino, o relaxamento pode provar um ok.

ta tudo bem comigo

A fome do mundo muda de mãos conforme a violência da escassez dos famintos exige não pedem a comida e atacam e quem é feito de prato ofende-se e passa a ofender em sinal de vingança porque será vingado o que teve que dar

domingo, 2 de junho de 2013

desdobramentos do superficial

Para nos preservarmos, enquanto pessoas que querem o bem-estar e não necessariamente a justiça, lançamos mão de determinados preconceitos -- estéticos. Rotulamos alguns encontros, algumas pessoas -- definimos uma sensação de socialização perigosa aos nossos anseios como de mau gosto. É assim que nos colocamos diante de alguns aparentemente deprimidos, diante dos aparentemente insatisfeitos, diante dos errados. Mas por que seriam eles assim? Pode ser que nos perguntemos, pode ser... Se alguns nem procuram a pergunta, outros têm medo da resposta; e param de querer discutir, porque vão ter que passar a pensar e agir para o bem: a nossa falta de boa-vontade com o errado, até o mais próximo, no sentido de ajudá-lo a alcançar uma colocação que agrade ao gosto, se por um lado nos preserva, por outro o degrada mais e mais -- porque o distancia daquilo de bom que podemos possuir; e pouco importa o quanto ele tente mudar, sozinho, a sua forma -- temo (e espero que ele saiba, até para que se rebele) que aquilo que o gosto valoriza seja restrito, e que o seu acesso seja, muitas vezes, impossível, principalmente por meio de uma simples empostação de boa-atitude com os que possuem aquilo que é bom, para que deem-lhe inocentemente. Do ponto de vista da educação sensível -- ou da educação social sensível, se preferirmos -- a proximidade e a posse dos bens, nesse caso simbólicos, é dada por elementos práticos, até enumeráveis, mas dificilmente o acaso e a sorte terão estado do seu lado para que ele tenha podido percebê-los e assimilá-los nas suas práticas. E os que possuem os bens para esse gosto, por terem assimilada a boa educação sensível de maneira minimamente racional, a seus próprios olhos, afastam-se do dito mau gosto, incompreensível, com a naturalidade indiscutível da clareza de interesses higiênico-emocionais. Aí nasce o injusto na estética social. Porque os que possuem, o bom gosto social mais especificamente, aqui, o adquiriram, no fim das contas, sem que os que não têm pudessem ter vindo a tê-lo. (E isso parece uma máxima para todos os tipos de bens.) Por isso têm que dar a eles tudo o que têm de bom e exaltar as suas características como boas (e assimilá-las às suas práticas!), como uma forma de contra-educação até, já que, educação, os sem bom gosto já não tiveram; como uma experiência, até; e de graça mesmo... Ou então, deveriam apenas conversar com eles e trocar ideias, como se não houvesse diferenças entre eles... No mínimo, porque não há... (Porque de que outra forma poderiam eles, que possuem, desenvolver a resolução de tal problema, gerando uma justiça da sensibilidade social? Talvez somente se desaparecessem.) Mas isso -- é demais?

quinta-feira, 30 de maio de 2013

eu acho lindo o que você faz acho lindo o que você faz comigo te acho lindo e o que você faz bonito

sexta-feira, 17 de maio de 2013

linhagismo

Pensando de modo pragmático, o conflito entre a coroa e os paulistas tem algo a nos ensinar sobre o valor do conhecimento. Se é correto afirmar que a descoberta do ouro foi empurrada pela falta de boa vontade paulista até fins do século XVII, podemos pensar sobre os efeitos de não medir a exposição do que se sabe; e, também, por outro lado, sobre o valor, também pensando de modo pragmático, da ocultação do saber. Manejar o que expor pode ser importante se pensarmos na obtenção de resultados positivos quanto a interesses -- assim eram os paulistas, que administravam o seu conhecimento do interior de acordo com os seus interesses: demonstravam servir à coroa em momentos específicos, buscando mercês e privilégios que os favorecessem, sem entregarem-se por completo politicamente à coroa. Isto é, conservavam o mais precioso que tinham em benefício de si mesmos: o conhecimento do sertão. Invertiam a lógica da política de mercês, na medida em que o que ofereciam à coroa, suas habilidades, pelo alto valor que continham para o sucesso da empreitada colonial, era usado somente quando lhes fosse bom. Expunham e expunham-se apenas conforme precisassem -- da coroa; e manipulavam e manipulavam-se ao sabor do seu desejo de parecer -- diante da coroa.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

o tempo e algumas disposições genéticas avançam sobre alguns desejos e destroem algumas vocações?

quinta-feira, 28 de março de 2013

Algumas conversas enveredam para um lado que parece complicado de conversar. A falta de sentido da vida carrega a conversa, se não controlamos nossas paixões mais verdadeiras, para a velha e boa avaliação cruel da vida alheia. Os corpos, o destino, a reputação, a trajetória, o gosto. Feios são os preguiçosos que sonham com coisas belas. Belos são uns quase criminosos. Uma esperança há de vir, no entanto. Se lutamos por uma causa bem definida, se entendemos, enquanto feios, claramente o que nos torna feios, se nos entendemos, ora, enquanto subalternos, podemos lutar com algum sentido terreno contra alguma injustiça. Declare guerra contra inimigos.

terça-feira, 26 de março de 2013

tchau!!! deixem eles para lá! acho que eu aprendi

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

onde está o comunismo?

O ser social que o passar da vida nos leva a nos tornarmos é uma questão que recorrentemente avalio em mim mesmo. O que me terá levado a ser quem serei, diante dos conflitos que decido e decidirei? Será que acredito mesmo que os meus gostos prevalecerão, em geral, na tomada de lado, na escolha dos que estarão próximos, no percurso rumo à minha trajetória completa? Espero que, então, tenha alcançado a inteireza da minha pessoa, onde o meu gosto finalmente terá me levado aonde estarei -- ou merecia estar... Eu, com todos os meus traços, com as minhas histórias e com a minha classe social.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

um estranho motivo de uma estranha agonia de alguém que não precisa sentir isso tudo. o caminho que escolheu, por conselhos dos outros também, não vamos excluir suas culpas, o leva a um destino sozinho. um fatalista deitado em sua cama, e suas escolhas não vislumbram alegrias. ele pensa, ele pensa em buscar uma missão que o leve, sozinho, na mais realizadora aventura! mas muitos contestam e calculam o seu provável erro, a sua loucura. todos uns fatalistas.

sábado, 5 de janeiro de 2013

os dois pragmatismos

O processo de inculcação não está nunca desvinculado do processo de conscientização em sociedades com pouca possibilidade de mobilidade social. Isto quer dizer que, por outro lado, em sociedades com alta possibilidade de ascensão social, os caminhos, as escolhas, os coquetismos, os hábitos de classe (etc) são determinados após o processo de envelhecimento, ou depois que se tenha atingido o ponto em que o indivíduo enxergue que suas possibilidades de ascensão tenham extinguido. Existe sempre um inderteminável no que diz respeito aos hábitos, no que diz respeito ao que determina uma classe social, nestas sociedades. Isto se mostra seja pelos exemplos de indivíduos que ascenderam socialmente (ou seja, se adquirem hábitos de uma classe social superior, apenas os adquirem após terem alcançado tal colocação social); seja por uma combinação de descaso e grande ambição das elites com relação à conservação de seu patrimônio, material e intelectual: o esforço consciente para conservar uma classe social não é o que necessariamente motiva o conservadorismo dessas elites, e sim uma ideia de gosto e facilidade na obtenção de bens - o esforço é realizado por quem quer ascender, e essas elites apenas selecionam o "aventureiro social" se ele lhes convence da boa oportunidade de baixo empreendimento. O que também quer dizer que, em sociedades em que as possibilidades de ascenção social são menores, menor é a intencionalidade do indivíduo para a ascenção social. Menos o indivíduo tentará modificar seus habitos, seus preconceitos, suas concepções -- com o pensamento no futuro, nas chances da sua graça... E assim pode ser que se aproxime mais da naturalidade em suas escolhas, já que elas estarão restritas por sua consciência de classe. Sua consciência de classe, portanto, lhe garantirá clareza sociológica e maior noção de justiça, assim como menor realização pessoal. Vê-se, então, uma diferenciação básica do emprego da racionalidade: um tipo de sociedade a emprega para a conscientização de classe (e, assim, para reflexões de cunho revolucionário, ou para ponderações de gostos relacionados às suas disposições objetivas de vida, em contraponto com o gosto das outras classes); o outro tipo de sociedade a emprega para um esforço progressivo de remodelamento corporal e habitual, desrespeitando os limites que suas frustrações na empreitada da ascenção social lhe impõem.