sexta-feira, 17 de maio de 2013
Pensando de modo pragmático, o conflito entre a coroa e os paulistas tem algo a nos ensinar sobre o valor do conhecimento. Se é correto afirmar que a descoberta do ouro foi empurrada pela falta de boa vontade paulista até fins do século XVII, podemos pensar sobre os efeitos de não medir a exposição do que se sabe; e, também, por outro lado, sobre o valor, também pensando de modo pragmático, da ocultação do saber. Manejar o que expor pode ser importante se pensarmos na obtenção de resultados positivos quanto a interesses -- assim eram os paulistas, que administravam o seu conhecimento do interior de acordo com os seus interesses: demonstravam servir à coroa em momentos específicos, buscando mercês e privilégios que os favorecessem, sem entregarem-se por completo politicamente à coroa. Isto é, conservavam o mais precioso que tinham em benefício de si mesmos: o conhecimento do sertão. Invertiam a lógica da política de mercês, na medida em que o que ofereciam à coroa, suas habilidades, pelo alto valor que continham para o sucesso da empreitada colonial, era usado somente quando lhes fosse bom.
Expunham e expunham-se apenas conforme precisassem -- da coroa; e manipulavam e manipulavam-se ao sabor do seu desejo de parecer -- diante da coroa.
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Um comentário:
lindoooooooooooooooo
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