domingo, 10 de outubro de 2010
O maior absurdo que poderíamos ouvir hoje em dia seria alguém dizer: "Mas que droga! Por que é que eu tenho que ter uma merda de uma vontade?!" É possível que quase todos respondam algo mais ou menos assim: "Ainda bem, né? Imagina se você não pudesse, tivesse que fazer as coisas por ser obrigado? Ainda bem, ainda bem que fazemos o que queremos!" Eu gostaria muito que vocês lessem-ouvindo essa resposta como eu a imagino: saindo da boca de uma tia velha! Porque a vontade, para nós, é a priori: o que fazer com seu dinheiro, com a sua vida, no seu tempo de lazer? Com quem se casar, como se vestir, o que escolher? Que pessoa eu quero ser? Passando pelo existencialismo Sartriano, a sua vontade - e a sua escolha reificadora dela - mostra quem você é. Nós nascemos livres - para decidir o que queremos! Mas não escolhemos nascer!
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