segunda-feira, 8 de abril de 2024

o sentido fisiológico da geografia

Pensar a geografia como um condicionante do comportamento, da maneira que fizeram Braudel e os seus antecessores da Escola dos Anais, continua sendo necessário. Parece inegável que, no transcurso do tempo, os povos se vejam tolhidos ou estimulados, por esse ou aquele impedimento natural, ou facilitador. As contingências que a natureza local exibe despertam nos sujeitos as suas reações de ganho, de acomodação. Mas o que se passa, dentro deles, para que tal ou tal impedimento signifique a sua ação? É nesse sentido que se torna necessário observar a geografia pelo prisma fisiológico: para entender o despertar, no sujeito, das reações a ela associadas. Subsidiariamente, esse desvelamento será útil para a compreensão do que constituiria, em fundamento, a cultura para os povos -- porque, assim, perceberemos que a cultura funciona geograficamente para a fisiologia.

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