quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

brasil dos jornalistas, fotógrafos, djs

eu concordo com o senso comum em historia num ponto fundamental: a guerra-fria e as ditaduras foram péssimas - para a consolidação de um projetos nacionais críticos. ter feito dos intelectuais algo exilável criou, ao mesmo tempo, uma espécie de vangloria ao que se propõe como boa arte e boa filosofia moral, como se nossa capacidade crítica, tanto pra arte, quanto pra moralidade, fosse inexistente e nos seduzíssemos meramente por uma barra que é forçada no convívio social burguês - nossa capacidade de ligar o "foda-se" para o gosto massificado foi censurada; e criou também um ódio em massa por aqueles que percebem a forçação de barra moral. ser crítico, assim, ou seja, refutar muito do lixo que é socado pseudo-intelectualmente por aí e escolher o seu próprio bem pode ser uma tarefa muito difícil e dolorosa psicologicamente. Como são tratados os "gurus", que moralizam, principalmente em festas? Praticamente são tidos por heróis, que precisam ser suplantados pela sociedade carente do desenvolvimento intelectual, interrompido durante a ditadura - e todos sabemos da extensão ínfima do meio social burguês de qualquer grande cidade para nos darmos conta de como uma tomada de atitude crítica causa medo e é, assim, reprimida.

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