terça-feira, 26 de janeiro de 2010

noinha

a cada passo que dava
eu tinha quase certeza que via
e jurava que ouvia
o seu cochicho
eu andava mais rapido para poder escutar o certo


o que realmente você dizia?


mas eu chegava e você poderia se calar
mudar de assunto
e eu via alguma mentira em seus olhos...


ah!, mas que certeza eu tinha?


você lançava seus cabelos na frente do rosto
nao sei - nunca saberei! - se propositalmente...
e ia na frente...


ah, por favor, me conta o que é que você tem pra esconder!


debaixo da sua retina ambigua,
por tras das suas caras de meiossorrisos


eu tomava distancia
porque podia ser coisa minha
ou por minha causa
acendia um cigarro vendo você andar pela frente,
apressada por nao sei o que...
eu me via atras de você


completamente sozinho...


as pessoas cruzavam minha frente pela rua
eu tentava olhar pros lados, pras vitrines
mas eu olhava sempre pra frente
tentando te procurar - pra onde ir?


eu te seguia
eu te seguia...


por que você às vezes me da essa impressao
de que ha algo de errado
e por outras você me passa tudo ao contrario?

3 comentários:

Gabriela Caruso disse...

Lindo, meu amorr!! Adorei esse! Descreveu perfeitamente umas trips que as vezes dão por aí! Perfeito! ;]

Unknown disse...

moral escrava conspirando sobre o "mal"? muito foda!!!!!!

Unknown disse...

P.S: Só Jesus expulsa Nietzsche das pessoas