segunda-feira, 7 de abril de 2008

Pós-nascimento

Dúbia e simples malvadeza,
Não respeita, não avisa,
Não tem pena da presa.
Sequer há uma mulher calorosa
No papel de juíza.

Ardente, estridente conseqüência.
Irremediável e não se apresenta,
Só se sente como ineficiência
E a razão não entende e se complica;
O sujeito se esquenta.

Sem motivo, sem lógica, esquecido
Por reclamar que tudo não é oferecido.
Angustiado, mimado, empedernido,
Sabe de tudo isso mas a dor é um sentido.
Talvez por isso, sempre tenha mentido.

Correr cavar e me enterrar
Ou trabalhar, trabalhar e descansar.
Se pudesse mesmo, escolhia a primeira,
Mas a opção é induzida:
Você mesmo, sua aduaneira.

Pode vir, venha mesmo, está gostoso!
É muito bom que haja o bom, que haja o gozo!
Só isso faz valer a pena...
Entretanto, com o tempo ele envenena.
PQP! - deveria ter morrido no parto.

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