domingo, 27 de janeiro de 2008

mini[shitty]ensaio sobre o valor metafísico da beleza

o que me faz conseguir existir no mesmo mundo que eu e você sabemos que estamos vivendo é somente a mania de enxergar a beleza inerente aos gestos francos, às milhares de situações, e expressões, e confissões altamente cinematográficas. aos próprios filmes! - estes, aliás, aos quais devo agradecer especialmente pela sua contundente influência na (minha?) vida cotidiana.
em tempos onde tudo o que te fazem a vida inteira é enfiar protocolos e esteriótipos goela a baixo, o que não precisa ser, o muito-além-do-curricular, o que é livre e deliberadamente ímpar, tem uma expressão exageradamente forte. o belo, e daí excluem-se todas as formas tendenciosas de alcançá-lo, está fora dos esquadros, nas arestas propositalmente não aparadas.
desde que me toquei que sigo e busco a estética por trás de todas as coisas (desde a forma como algo poderia ter sido dito, até a not only physical vaidade descompensada) compreendi bem mais clara e confortavelmente as tendências dos meus comportamentos e carências.
ah sim. e desculpa, eu não sou fútil. só me sinto impelida a admirar todo o universo daquilo que é, ainda que sem a necessidade de ser.

Um comentário:

Antônio disse...

é isso mesmo. A gente pensa pq ha o bonito a se alcançar. vai sem querer, apenas vamos atras. E quando já pensamos muito, visto que nos exercitamos muito com a procura inconsciente da beleza (beleza do ponto de vista mais amplo do mundo, aquilo do qual nos orgulhamos de ter conseguido, por assim dizer), percebemos que o que nos fez pensar foi a beleza. E o pensamento, há coisa mais bela que ele? Fruto da busca pela beleza e aquele que a mostra para nos mesmos. Eu pelo belo. Cadê eu? Só vejo o Eu belo!