sábado, 26 de janeiro de 2008

"'Coersão'? Não, não, tá vendendo como 'Vida'..."

A certeza e a dúvida são duas estruturadoras de comportamento, pensamento e ideologia. Elas, em geral alternando-se, constroem tudo o que hoje se pode dizer feito pelo homem. As duas são o que são. Nós não direcionamos nossos pensamentos, nossa ações, são elas, as duas, mancomunadas, rindo. E se paro para olhar para elas, inicialmente acho que sou eu que penso assim. Sou eu tenho dúvidas e certezas, sou eu que movimento tudo, sou eu que giro no mundo. Quem não pensava assim aos 8 anos de idade? Mas não é bem assim que a banda toca, diriam por aí. A dúvida e a certeza já estão aí muito antes do que se pode prever. A dúvida e a certeza estão presentes desde o primeiro humano a surgir. “Ei, não houve o primeiro humano, foi um processo lento e ainda acontece, todos os dias.” Desde sempre, então, elas estiveram aí. Desde que se fez vida se precisou optar. Sem consciência, por reações metabólicas, organismos escolhiam, se direcionavam, eram eles que mudavam, eles que transformavam. Antes que eles pudessem fazer algo por eles, já estavam expostos às leis da vida. Já estavam expostos a uma dúvida, a um momento em que seu organismo demorasse um pouco mais para receber informações devidas, um momento em que a ciência total sobre determinado campo de percepção ainda estava sendo atingida. Sempre houve momentos de dúvida. E momentos de certezas. Momentos de ir, de afirmação, de Amor Fati, em que se vê a esperança, o objetivo alcançado, onde se observam perfeitamente todas as nuances e se vai. Se deixa ir. Apenas se direciona. Elas realmente parecem estar além do nosso formato, elas são o formato do mundo.

E lá vêm elas de novo: ou não!

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