segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Me leva que eu vô

Há muitas coisas nesse mundo que são bastante revoltantes. Coisas essas que se encontra explicação para a existência, é lógico, pra tudo há uma explicação, mas são aquelas coisas que naturalmente, inocentemente, todos nos perguntamos da necessidade da existência daquilo. A maior delas acredito, seja o sistema em que vivemos. É só nascer para estar preso a ele. Você já nasce fruto de algum de tipo de concepção a seu respeito por parte de sua mãe; o detalhe é você ainda não ter nem vivido para ser vítima de julgamentos. Enfim, e todos os pais, inclusive os inconseqüentes, sabem que seus filhos irão passar por todos os processos de enquadramento no sistema, logo, indiretamente, você já concordava com o sistema antes que você pudesse percebê-lo e assimilá-lo. Aí você cresce, convive com todos, tem que dividir coisas, ganha presentes dos outros, aprende que há o seu, que há o outro, aprende que pode se divertir às custas dos outros, que podem se divertir às suas custas, que você pode brigar, ser legal, e que invariavelmente estará sendo observado. O tempo todo terão algum olho em você. saberão onde você mora, quanto paga de imposto. Alguém saberá de coisas da sua vida. Sempre. Sua vida nunca é sua. Você já nasce sendo a vida dos seus pais. É chato, eu sei. Sente-se até um afeto muito forte pelos entes do sistema, fazendo com que você não saia dele. É tudo tào bizarro que eu nem sei como eu estou aqui escrevendo no computador. Como que eu consigo surportar toda essa maldade conspiratória que circunda o mundo. Não entendo como me contento digitando palavrinhas num arquivo virtual aberto. Não sei como não me matei. Deve ser instintivo...

Nenhum comentário: