quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O zumbido do silêncio

Minha vida é vazia
Minha vida é vazia
e sempre foi.
E eu, com todas as unhas,
nela finco-as e faço ranhuras,
agarro-a e arrasto mais linhas
é minha!
empano em palavras minha mudez nua
porque minha avalanche é crua.
O lençol entre os dedos apertado,
de punho cerrado, cerrado:
minha vida vazia
como sempre foi

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