domingo, 12 de julho de 2009

Ciência e fé, me desculpem os enganados, são duas questões de crença. Na fé é muito fácil de perceber, então nem vou me prolongar; mas na ciência, a tal da tal que, toda toda, se propõe a se propor a descobrir a descoberta e não a crer, também se tem uma forma de acreditar, não mais que isso. Talvez aqui seja importante lembrar Weber: a ciência apenas desencanta o mundo, e percebemos, tão tardiamente, que não são seres místicos e maravilhosos ou onipotentes que governam o planeta, guiam as rédeas e riem das nossas caras. Na ciência, além do conhecimento ser segmentado, como uma divisão do trabalho, sendo assim impossível que um homem conheça sobre tudo o que foi produzido, é, ainda, mais do que comum que teses e teses e mais teses sejam quebradas e refeitas ao avesso, e isso também atinge as objetivissíssimas ciências naturais (temos aí a física quântica, game over, rá! - lembram-se de Thomas Green Morton e de Uri Gueller e de toda a viagem paranormal, com direito a padre, o quevedo, e a matéria no fantástico? Não que eu creia, mas para uns isso é suficiente para não crer na ciência! Rá!). Elas, a ciência e a fé, diferenciam-se num quesito a que damos muita relevância: o número de informações reportadas sobre cada processo, a especificação. Fé é apenas um grau maior de miopia, porque ver ainda continua sendo estarrecedor.

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