Sob efeitos evidentemente psicotrópicos, a relatividade das minhas percepções, acompanhada das minhas percepções de relatividade, me atravancava num dilema mental sobre determinado insight. A mesma frase, a conclusão sintética maior, se repetia retumbante na minha cabeça e, conforme o tempo passava e as formas do mundo mudavam - mesmo que quase nada -, outras tomadas eu tinha sobre a frase e sobre a conclusão e sobre inclusive o objetivo desse pensamento louco, relativista, que me afastava ou me aproximava da realidade a cada passo que eu dava. Cheguei a cogitar se eu realmente existia e se pensar relamente poderia representar algum indício da minha existência; "eu não sou nada" era lançado para debate agora, e a memória de uma desilusão já vivenciada com o método relativista desse psicotrópico tendia a frear e acelerar, dependendo do ponto de vista, o desenrolar dos pensamentos. Depois, eu não sei mais, podendo ter havido um surto decorrente.
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