quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Se todos fôssemos crianças, e ainda não adultos chatos, resistentes a qualquer coisa, não haveria problema em propor um programa inovador para o dia. Iríamos simplesmente, e nem reclamaríamos tanto talvez, seríamos carregados pelas mãos, e estaríamos dispostos a proveitar o dia inteiro, se não fosse por essa nossa vontade de fazer as coisas que se sabe que quer, sem descobrir o que mais pode acontecer e ser legal. Exemplo prático de hoje: combinamos de ir na virada russa, eu e mais 3 amigos. Mas minha mãe queria ir comigo na ETNA, uma loja de decoração imensa, que ela queria conhecer, e eu iria comprar uma mesa q eu estou precisando. Então formou-se um dilema para mim, ir ou não ir na etna ouo na virada russa. Solução da minha mãe: ela nos rebocava todos para a etna e depois nos desovava no ccbb. E olha que as duas opções dizem respeito a design. O que aconteceu? As pessoas despilharam de ir. Um porque acha que loja de móveis é uma coisa babaca e disse que tinha outros afazeres da vida - coisas que eu sei que ele não vai mexer suas magras nádegas da cadeira para fazer, vai preferir ficar fumando um baseado em casa. O outro vai comigo, porque está entediado. E o outro outro não respondeu ainda. As pessoas inventam motivos para não ir simplesmente porque inventaram para si mesmas que não gostam de alguma coisa. É obvio que poderia ser legal ver móveis na etna, ainda mais na etna, que é uma loja imensa. Só que nãããão, a etna é uma loja, o que não é uma exposição, o que torna tudo muuuuito diferente, não é o que eu queria, e portanto não vou à etna por ser babaca. Por consequência, eu tb sei que essa pessoa que não vai à etna também não vai criar ânimos para ir no ccbb e muito menos pra ir fazer o que tem que fazer no centro. Aliás, essa pessoa que acha babaca ir na etna por ser uma megastore e pôs em oposição a sua reunião no centro (essa reunião no centro é coisa de gente alternativa, provavelmente, querendo mudar o mundo com carinha de anarquista sou do bem), sabe muito bem que não irá a reunião e só pôs isso na frente como se fosse a cara da sua oposição à infância, ele agora não pe mais subjugado a ser carregado pelos braços para uma loja de móveis "chata" e então ele inventa que gosta de determinadas coisas que ele mesmo apenas idolatra, mas não tem dispô ou cara de ir. Ufa. Se fôssemos todos crianças subjugados a termos que nos divertir em qualquer situação que fosse proposta, não ficaríamos, como eu acho q ele vai ficar, no tédio em casa, sem fazer nada, e iríamos todos aproveitar o momento sem medo do amanhã. E o pior é que ninguém vai saber que ele foi na etna, e mesmo assim, qual o problema de ir na etna, isso o deixará menos estereótipo-de-reuniãozinha-alterna-para-o-bem-da-humanidade-no-centro? Ai ai, vida... Aí tem que rolar o convencimento, mostrar com será legal se divertir na etna, o que já torna tudo uma merda, porque se é preciso dizer o que há de bom, é porque já se tornou evidente o que há de ruim e aí não é mais tão legal quanto seria se fôssemos na ingenuidade, simplesmente "saltitar" e aproveitar a etna. Tomara que morram todos os indivíduos no seu tédio - pena que eu também esteja incluído nisso porque, se todos ficam no tédio, eu não tenho amiguinhos para irem comigo na etna sem medo do amanhã, ou sem vontades de se achar adulto.
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