Permaneci, sempre permanecendo, achando que um dia ainda posso - e vou, não é possível! - transbordar, com a escusa da logística, do planejamento; com o estigma do medo. A segurança é um bem que me falta. Não de todo, só não há o suficiente para me libertar comigo.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Além do Entendimento Humano
Permaneci, sempre permanecendo, achando que um dia ainda posso - e vou, não é possível! - transbordar, com a escusa da logística, do planejamento; com o estigma do medo. A segurança é um bem que me falta. Não de todo, só não há o suficiente para me libertar comigo.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
das intimidades (freqüentemente) compartilhadas...
por "ter" essa perspectiva, também, me enxergo nova a cada fim de ciclo (e eles - ciclos - acontecem a todo momento!), não me vejo ou me sinto presa pelo compromisso de ser sempre eumesma, mas movida pela ambição de ser sempre melhor que isso. e agora, assim, no final desse texto e olhando em retrospecto pra pessoa que venho sendo (engraçado como "pessoa" voltemeia soa como uma instituição) desde o momento em que tomei consciência de mim, só consigo chegar a conclusão de que desde muito cedo eu tinha tomado uma decisão importante (e obviamente não fazia idéia disso)... escolhi ser não o que a vida fez de mim, mas o que eu, espontânea&responsavelmente, faço da minha vida.
obs querendo ser pertinente: eu não quis que o texto tivesse uma conotação de auto-'enxeção' de lingüiça (puta, essa foi dolorosa), nem nada do tipo. era mais pra expor uma daquelas verdades particulares que se percebe assim, sempre do nada, fumando um cigarro na rua ou coçando em casa. sei lá... eu tava voltando da casa do drope e fui estuprada por isso aí que ces leram.
e não adianta que eu nunca vou parar de me explicar hahahaha
nn
não por empiria,
foi na teoria
que aprendi a viver.
Não quero entrar nós méritos
da sociedade,
da minha individualidade,
só quero ser e poder.
Mesmo que eu,
de razões, me abafe,
petulantemente,
lembrarei de querer.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Me concentro e me escondo
me faço um escudo, um modo de ficar mudo
dizendo o que tenho pra dizer.
Dizer: alcancei o que queria,
estava aqui pra isso mesmo
e acreditar em mim mesmo me fazendo crer
que tudo o que eu queria já está alcançado agora.
Acreditar que o que ainda consigo conservar é tudo o que gosto de olhar.
Tendo a poder conservar, a conseguir conservar.
Reflito,
explico-me que é isso;
tudo o que restou agora é tudo o que vou precisar -
tudo o que posso querer, tudo o que farei questão de preservar.
Está tudo tão neutro, tão medíocre, tudo tão como-deveria-ser
e isso é tudo tão confortante, tão apaziguante, tudo tão sereno, seguro
e procuro me conscientizar
de que pra se realizar,
se acalentar e se aproveitar das grutas na chuva
é o máximo que se pode aspirar.
Pra variar...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
tão vazia de tanto nada
acoplada nessas sinapses errantes e procedimentos químicos duvidosos
encolhida num canto da sala.
me encontrando assim debruçada
na pilha particular de Bons Motivos de Bons Amigos de Velhos Hábitos e coisas do tipo
,sem qualquer contundência agora.
parada apática e patética sem força, nem vontade, nem tesão de qualquer ordem para remexê-los
ou resguardá-los
sem paciência mesmo pra esperar que se desfaçam
e me deixem ir (livre)
sem o fardo de estar deixando legado
ou qualquercoisa pra trás, que atribuísse a mim algum significado
vou ignorar que tudo parece estar se desfazendo, de fato
continuar me derramando e te disperdiçando com meu blablabla cansado
com a minha falta de tato
quando tudo que eu queria tanto
[quanto fosse possível]
era erguer-me sozinha e dizer: viu só? passou.
- e passar.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Belezinha
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Sorria
Era aniversário da Maria. Dez anos, ela se sentia, nem sabia por que, toda ouriçada, fazia mais um aniversário, completava mais um ano, a mamãe tinha ensinado, já podia dizer a todos que completava suas duas mãos com a sua idade. A menina tinha convidado todos os amiguinhos, a mamãe tinha deixado ela escolher só quem ela queria, portanto, a Juliana e o Guilherme não tinham sido convidados. Só eles da sala. Várias outras crianças que nem sequer se importavam com a existência da Maria foram na festa, e ela fez questão de convidá-los e não aos dois rejeitados. Maria sabia que poderia suportar todo o ódio que nutri por eles ao longo do ano, pois sua mãe já lhe tinha dito desde muito antes, faria uma festança de dez anos. Enfim, era o dia da festa. Agitações na casa da família da garota, ela estava lá meio quieta, lembrando do momento em que entregou os convites, lembrando das pessoas comentando sobre os que não iam na festa, da cara de desconsolados dos seus coleguinhas excluídos, da cara de não estou entendendo nada deles. Ela só não se via. Tão ridícula, pensando sobre as maldades que tinha feito, mas não pensava nisso, a mamãe tinha deixado ela fazer isso, então era tranqüilo. Pensava nas coisas sem pensar sobre estar pensando nelas. A moral era estabelecida por duas pessoas, papai e mamãe, que representavam a moral. E aquela família, como parecia integrada! Mãe e pai tão dedicados à menina! Não saíam mais quase, de vez em quando davam umas trepadas, mas sempre atentos à chegada da filha. Já não faziam mais nada e tudo o que acontecesse na vida da Maria era um acontecimento da vida deles. Suas vidas passaram a ser regar a Maria. Mas eles, bom, eles já eram adultos. Eles já tinham suas morais estabelecidas não personificadamente. Por isso escolheram ter Maria. Só Maria, para que pudessem se dar por inteiros. Não agüentavam mais encontrar com o pessoal, nem com nenhum pessoal, nem o do trabalho, nem o da escola, nem aqueles velhos amigos, não queriam mais nada, queriam só ter o que fazer. Papai e mamãe ficaram e continuaram juntos porque descobriram que não se importavam com a presença um do outro. E compartilhavam uma ânsia de que algo existisse, compartilhavam a entrega a algo que poderiam esculpir. E por isso a festa era tão importante. Receberiam alguns amigos, a maioria deles formada pelos que tinham filhos, mostrariam Maria, como estava linda, como recebia bem os coleguinhas, mal sabiam que ela se sentia assim por ter barrado aqueles dois, e ela ria por dentro. Na verdade pouco se importavam. Estavam pouco se importando com eles, e sim com seus desejos, que eram de fazer as coisas pela menina, gostavam da desculpa da garota pra fazerem as coisas, gostavam de se iludir conscientemente que gostavam de tudo aquilo, só gostavam porque era o que podiam fazer, era algo que faziam e era algo que era louvável de ser feito. Era algo que os tirava do que eram, também. Ficavam lá, na festinha, comendo salgadinhos, não se envolvendo com os pais dos coleguinhas, apesar de que tagarelassem ininterruptamente sobre filhos durante toda a festa. Encontraram muitos pais como eles, e identificaram-se. Mas todo esse processo havia-se restringido às entrelinhas. A festa já estava rolando, as atenções eram para Maria, que não precisava mais dos pais, tinha atenção de toda a festa. Foi então que papai e mamãe viram o que tinham plantado, viram pois ela estava lá, agindo, na frente de todos, não era como era em casa, mas assim deveria ser como ela agia entre todos. O sorriso diminuiu um pouco, mas não saiu da boca, nunca! Sabiam que eram uns merdas, mas beleza. Sabiam que a haviam prendido a eles, sabiam que talvez ela ficasse daquele jeito pra sempre, sabiam que era aquilo que fizeram, pois era aquilo que devia ser feito. Não voltariam atrás, não poderiam voltar atrás. Forçaram mais a abertura do sorriso, foram para trás da mesa do bolo, Maria já estava assoprando a vela, sorriram para a foto. Click!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Que bom!
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
domingo, 10 de fevereiro de 2008
No Verão
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Foi
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Estômago
Esqueço rapidinho dele quando me aparece uma pizza com Ketchup. Am I able to focus my wills?
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Mercado de Capitais e a Evolução do Poder no Capitalismo
E assim ficaram perpétuos no poder... Não é demais?!
New Pop Culture
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Trippin out
Acho que tudo sempre fluiu, eu é que tentava fazer represas. tudo sempre flui, tudo sempre pro ralo. construa sua bolha, faça seus confortos para a viagem, pois ela é longa e sinuosa. estamos numa cirunnavegação. do nada, ao nada, só pra uma vez na eternidade conhecer o tudo.