sábado, 2 de fevereiro de 2008

Blank

Para não morrer de indigestão, depois de tanta comida que não deveria comer já alocada em meu estômago, no meio da madruga, me darei mais uma meia hora no mínimo de tempo acordado: é necessário que se faça a digestão. Então, pensei, oras bolas, o que fazer? resolvi pegar parte desse tempo para me dedicar à produção escrita. E o que escreveria? Metalinguagem, eu proponho, é a solução de todo desesperado por temas para seus textos. Visualizei agora uma mulherzinha tagarela do shoptime anunciando no TVUD a metalinguagem, por cinco parcelinhas de um preço X super acessível, feita PRA VOCÊ, que não sabe mais o que fazer da vida papel-caneta. De qualquer forma, não era extamente esse tipo de metalinguagem, descontrolada e irrefreável, que minha mente cisma em deixar transbordar, que eu pretendia escrever. Eu tinha um plano, que, pelo andar da carruagem, já foi por água abaixo. Eu ter explicitado, antes de ter começado o meu plano, que existia um plano já tira todo o "quê" do desconhecido, que prende a atenção de quem lê. Me vendo encurralado neste beco sem saída, fui coagido a me manter na metalinguagem descontrolada e irrefreável. E depois dessa conclusão, mais um beco, fiquei sem sobre o que dissertar. E eu pretendia ficar escrevendo o máximo possível, melhor do que ficar vendo televisão, ou no computador. melhor que comer. Não deveria ter comido tanto, deveria ter ficado escrevendo. Mas que ironia: se não tivesse comido tanto, não teria tanto motivo para ficar escrevendo, o que me leva a crer que eu poderia não ter despertado o interesse em passar mais tempo escrevendo se não fosse pela quantidade de comida que comi. É só perceber: quanto mais tentamos mudar o passado, mais vemos o quão irreversível ele é. As coisas já foram montadas, é um quebra-cabeça. Não dá pra encaixar mais uma peça onde já foi formada a figura. Que saco que eu sou, tudo sempre acaba nessas reflexões filosóficas baratas, sempre incertas, pseudo-alguma-coisa-que-tenha-valor. Pois é, meu estômago ainda não está lá essas maravilhas, mas já são 6:40 da manhã e acho que posso tomar um digesan. Já devia ter tomado o digesan. Não adianta, é assim que foi, tomo o digesan agora e vou dormir. É, planos eu posso moldar, pois posso executá-los. Novamente reflexões baratas, novamente crítica às reflexões, estou ficando repetitivo. Metalinguagem pode ser chata mesmo. Eu também acho. Meio vazia, né? Olha só para o que eu acabei de escrever! Três páginas do meu caderninho - no blog algumas muitas linhas - de puro nada. Nada substancial. Sem nenhum objetivo a ser cumprido, nem parágrafo tem nessa merda! Entretanto, acredito que dê para se divertir lendo. Imagino as pessoas acompanhando todo esse raciocínio, pois isso foi exatamente um pensamento, uma linha de raciocínio, e vendo até onde a mente humana pode chegar realmente, só não fazendo nada. E agora já estou na quarta página do caderninho - mais algumas linhas no blog - de cocozinhos de oalavras preenchendo vazios com vazios ainda maiores. Nada melhor, eu admito, tenho pra falar. E ainda assim continuo a adiar o momento em que tomarei o remédio, e em seguida dormirei. Acho que vou beber um mate e ds uns dois no baseado antes de dormir. Talvez seja bom esperar um pouco para o remédio fazer efeito, aí depois eu durmo despreocupado com a possibilidade de uma morte por indigestão. É isso, meu povo, tenho que ir tomar o remedinho, já ouço milhares de passarinhos cantando, não são mais morcegos xiando, e eu ainda pretendo acordar sob a luz do sol amanhã, digo, hoje mais tarde. Tchau!

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