sábado, 23 de fevereiro de 2008

É...
Me concentro e me escondo
me faço um escudo, um modo de ficar mudo
dizendo o que tenho pra dizer.
Dizer: alcancei o que queria,
estava aqui pra isso mesmo
e acreditar em mim mesmo me fazendo crer
que tudo o que eu queria já está alcançado agora.
Acreditar que o que ainda consigo conservar é tudo o que gosto de olhar.
Tendo a poder conservar, a conseguir conservar.
Reflito,
explico-me que é isso;
tudo o que restou agora é tudo o que vou precisar -
tudo o que posso querer, tudo o que farei questão de preservar.
Está tudo tão neutro, tão medíocre, tudo tão como-deveria-ser
e isso é tudo tão confortante, tão apaziguante, tudo tão sereno, seguro
e procuro me conscientizar
de que pra se realizar,
se acalentar e se aproveitar das grutas na chuva
é o máximo que se pode aspirar.
Pra variar...

Um comentário:

Antônio disse...

me inspirei na sua catarse, lhee, principalmente no modo de escrever, mt irado