sábado, 23 de fevereiro de 2008

queria poder parar de pensar e começar a sentir. Gostaria de conseguir dizer o que sinto e não mais o que penso, cansei de pensar, de compartilhar certezas, de iluminar vazios, perdas, desastres, e encontrar neles uma razão de ser. Queria ser o mais puro, o mais puto, o mais astuto, o menos covarde, menos pensativo, menos meu amigo. Me proponho a me propor menos, a mudar pra deixar de mudar, talvez deixar de me amar.

2 comentários:

Luiza Gomes disse...

é foda cara. a excessiva racionalidade nos condena a um estado permanente de cógito, dúvida, análise, absurdamente sufocante. parece que nada no mundo existe que não passe pela neuroquímica do nosso oh! grande cérebro. é horrível! n sei quantas vezes durante a vida pensei que gostaria de ter nascido burra, ou fútil, ou qualquer condição que aliviasse o peso do "calculismo".
mas enfim, vou parar por aqui antes que chegue no nível schopenhauer de perspectiva. hauhaau

amei o texto inspirado no meu, xoney. parece mto, e ao mesmo tempo tem um ângulo bem diferente de vidas.

Luiza Gomes disse...

porra, como assim n dá pra comentar no mais recente?

acho q foi uma das coisas mais bonitas q vc já escreveu. pareceu tão sincero e tão do fundo (ui!) que eu senti daqui. amay.

tenho pão fresco hj tbm.
beijos