quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

da nossa cultura

é não contar
achando que conta
e vangloriar isso
circundar
ciscar
cuspir
e não sair de perto.
é quase crer em Jesus e não dizê-lo
simplesmente não dizer por prazer de negar
se, é claro, Jesus fosse aquilo que disse que era
de espaço para todos
de misericórdia
e amor.
é o enovelamento contínuo e interminável
mumificando o sentimento que precisa de trégua,
digo, morrer pra sempre.
individualismo da nossa época
como a ressaca de uma animosidade com a cristandade
graças aos maus-tratos medievais.
só diga
eu vi o fim de tarde
senti o sussudio
e já estaria bom por enquanto

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