quarta-feira, 15 de agosto de 2007

por falar em pensar...

As questões metafísicas são as que mais me afligem. Portanto, sempre que nao tenho nada físico para fazer, acabo pensando em transcendências. Quando me refiro a elas, me refiro às materiais. Não pretendo deixar a realidade tátil, posso transcender sem que seja necessária a não vida como ela é. O quesito transcendência, na verdade, me remete às abstenções que faço a mim mesmo de mim mesmo. Paro de pensar no que sou, quem sou, como sou e para onde vou. Penso no que é, no que a humanidade é, no que o universo é, sem que me inclua como parte de tudo. Vejo-me mais como um observador de tudo, adaptado a adaptar-me a qualquer tempo, e sempre procurando o que mais saber, o que mais ver, o que mais viver.

Vê? Viver já passou a ser sinônimo de transcendência. Quem vive é capaz de pensar o que não é viver, o que seria "viver" sem estar vivo, o que seria perceber sem que se sinta vivo... Transcender é como que uma crise de ausência muito presente e pertinente: sabes tudo o que sempre soube e emprega tudo o que se sabe para a análise abstraída do que se pensa que é o que se sente e se vê.

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