As questões metafísicas são as que mais me afligem. Portanto, sempre que nao tenho nada físico para fazer, acabo pensando em transcendências. Quando me refiro a elas, me refiro às materiais. Não pretendo deixar a realidade tátil, posso transcender sem que seja necessária a não vida como ela é. O quesito transcendência, na verdade, me remete às abstenções que faço a mim mesmo de mim mesmo. Paro de pensar no que sou, quem sou, como sou e para onde vou. Penso no que é, no que a humanidade é, no que o universo é, sem que me inclua como parte de tudo. Vejo-me mais como um observador de tudo, adaptado a adaptar-me a qualquer tempo, e sempre procurando o que mais saber, o que mais ver, o que mais viver.
Vê? Viver já passou a ser sinônimo de transcendência. Quem vive é capaz de pensar o que não é viver, o que seria "viver" sem estar vivo, o que seria perceber sem que se sinta vivo... Transcender é como que uma crise de ausência muito presente e pertinente: sabes tudo o que sempre soube e emprega tudo o que se sabe para a análise abstraída do que se pensa que é o que se sente e se vê.
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