quinta-feira, 30 de agosto de 2007

a sua realidade termina quando a do outro começa.

outro dia estava eu, e louie, almoçando. eu olho prum pote que aparentemente havia molho shoyo, eu estava acreditando muito ter molho shoyo e estava escrito "pasta de shoyo". ok. daí começamos a falar sobre isso e fui descobrir que era uma pasta de soja e que na "realidade" estava escrito "pasta de soja" (mas tinha shoyo anyway u.u).
Enfim, onde eu quero chegar é no fato de que como eu acreditava muito ser molho shoyo, era como se fose uma "vontade minha", eu acabei lendo "pasta de shoyo" em vez de soja. mas e se a lou não estivesse ali pra me falar que era, e se ninguém estivesse presente pra falar que algo que nós imaginamos que seja real, que seja realmente aquilo, na "realidade" (da pessoa) não é. Se tudo fosse somente a nossa realidade, de cada um, dentro de nossa cabeça. nosso desejos, vontades, olhar pra algo imaginar que é aquilo e não ter ninguém pra te contrariar. mais ainda, quem garante que é a realidade estabelecida por várias pessoas juntas que é a "real, a "verdadeira", porque não poderia ser a de cada um, já que se ninguém intervisse seria assim?
Mas como as malditas outras pessoas existem (nesse caso), chegamos a conclusão que a sua realidade termina quando vem outro pra estabelecer a "dele",que na verdade já é algo generalisado, pra intervir na sua e quebrá-la. não que isso seja o fim do mundo, estamos acostumados e tal. mas as vezes eu gostaria da minha realidade reinando por uns momentos.
espero ter sido claro, ando confuso pra por as coisas em forma de palavras.
eu to pra escrever isso desdaquele almoço >.<

2 comentários:

Luiza Gomes disse...

as coisas são inertes, certo? portanto vazias de significado. o que atribui identidade a elas, na verdade, é a sua perspectiva ('realidade', colocando nos termos do texto), que é o significante. e, indo por essa lógica (com um pé atolado no subjetivismo da metafísica), sou obrigada a tomar "realidade" como um elemento variável: podemos injetar qualquer significação em algo vazio de significado, que o resultado sempre será sólido.
o que me leva a concluir que filosofia embrutece a insônia, e que eu perdi o ponto do meu comentário.
de qualquer forma vou deixar ele aí só por consideração aos momentos que eu fiquei tentando me fazer entender.

maldito molho de abóboras. :~

Antônio disse...

quanto a sua pergunta, sim, voce foi bem claro, e isso é uma coisa q eu nunca tinha parado pra pensar... e me fez pensar em uma coisa: por mais que a nossa realidade, quando nao sabemos da dos outros, seja real, há algo, que quando a você é indicado o que é real, te é reconhecido como real... iisso me faz crer que, apesar de o ponto de vista ser a realidade até ser mostrado outro ponto de vista, há entre os dois pontos de vista a realidade. pode ser que o ponto de vista de um ou de outro seja o real. pode ser que nenhum dos dois seja o real e que, quando alguem lhe mostrar o que é real, será reconhecido como real. e há também coisas, essas muitas vezes metafísicas, que os pontos de vista nao são capazaes de estabelecer-se como realidade absoluta. QUE VIDA