sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Recordar é VIDA

Recordo-me de um dia que saindo do campus da Praia Vermelha deparei-me com a figura de um senhor debruçado na janela de seu "quarto" no Pinel com os olhos congelados entre as frestas. E é justamente dos olhos que me lembro como se pudesse vê-los quando fecho os meus! Eu sempre tive essa coisa por olhos e ninguém mais tem saco pra isso porque visualmente aprazível mesmo é bunda. Mas enquanto estive observando aquele homem, tive a impressão de estar olhando pra uma pessoa que havia esbarrado na verdade e não fez questão de conhecê-la.
É possível que esse seja o olhar comum a todos os ditos loucos, mas o que me deixou perplexa foi o tanto de lucidez que havia na idéia de repudiar essa mendicância por um pingo de verdade (ou por verdade com diferentes roupagens). O reflexo imediato que tive foi de saltar do alto dO Prédio, sair pelo vidro do aquário que eu não aceito viver em função de algo tão pífio!, principalmente quando olho pra vida real e vejo que de "verdades absolutas" é que nascem verdadeiros conflitos.
O mundo construído de verdades rui no instante que se tira uma pedra; e às vezes sou tentada a crer que, tomada nem por apatia nem por pressa, durante aquele dia eu havia rompido com o mundo e extraído, a sangue frio, aquela bendita peça!

2 comentários:

Anônimo disse...

eu lembro desse dia. mas não me marcou tanto assim, acho que não o devido valor a life >.<
;*

Antônio disse...

hauhauhauahuah devido valor a life! eu acho q me lembro da louie me dizendo desse maluco, q ela teve ate um calafrio