domingo, 23 de setembro de 2007

Dançando Medievalmente

Pista de dança, quando cheia, o que menos me parece é que ela tenha sido feita para dançar – parece mais a Europa Ocidental durante a Idade Média. São vários povos, muito próximos uns aos outros, uns menores outros piores, com suas características culturais próprias e sempre excluindo culturas externas e por isso com vontade de espaço, para dançar no caso.

Todos têm a mesma religião: a Igreja da Luxúria, do Pecado e da Insegurança. Ficam doutrinados pela Santa Madre Igreja da Perdição e, como que com a culpa que os medievais sentiam em pecar, culpam-se por não conseguirem pecar. E querem pecar, nem que seja só para que vejam que está pecando.

Há também os fluxos migratórios e as diásporas, além das cruzadas. Sempre há povos que migram para outros lugares, em busca de espaço para existirem em paz. Muitos povos ganham maior exército, maior população e buscam mais e mais territórios para garantir para seus habitantes mais qualidade de dança e mais visibilidade para pecarem: elevam sua moral. Quanto às diásporas, me refiro aos povos que são provindos da mesma origem, mas que, por conhecerem outros povos ou por serem forçados por uma busca pela pegação ou pela pegação dos outros integrantes do seu antigo povo. E quem disse que me esqueci das Cruzadas. De um lado para o outro, as Cruzadas passam pelas cidades dos outros povos, pelas trilhas que levam um povoado a outro, sofrem perdas ao longo do caminho, encontram hostilidade dos outros povos que se sentem ultrajados por terem que ceder lugar aos malditos Cruzados, mas são excessivamente motivados pelo destino: o bar, o sofá, um lugar para conversar em grupo, um cantinho para a pegação – a maior demonstração de fé.

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