domingo, 23 de setembro de 2007

Sucesso

Todos os que escrevem o fazem como eu o faço, sobre a mesma coisa que eu, pensando, envolto numa onda de experiências diferentes, exatamente como penso. Há a inconformidade nas linhas de todos, há questionamentos sobre o que se pensa, há o que se pensa, há, de toda forma, a expressão da vida de cada um em sua escrita. O que faço não é arte, é desabafo, é tentativa de mostrar para mim mesmo como me sinto, tento entender-me melhor ao ler o que escrevo, deixo passar nos meus papéis traços que não sou capaz de falar, nem de pensar quando me analiso.

Ao som de uma música nova no silêncio musicado do meu quarto, escrevo nada além das expectativas artísticas que se tem em mim: não há expectativa. Se o que faço for lido e for aplaudido, me sentirei fruto de uma injustiça poética, em que muitos têm o que tenho, mas por questões sociológicas, arbitrárias, ou não, estaria lá, no mais alto patamar do reconhecimento que uma pessoa pode ter pelo que sente e pelo que exprime.

Nunca consigo encontrar um fim confortante no que escrevo, tenho que parar com isso.

Nenhum comentário: