domingo, 9 de setembro de 2007

A Verdade

O homem sempre foge da Hora de Fechar a Janela, embora inconscientemente a busque. Nós, humanos, queremos o não-ser, a objetividade, a verdade, mas o fechamento da janlea nos tiraria essa vontade: já o seríamos. Ao mesmo tempo, queremos viver, queremos ser um só e tomamos como absoluto o que é particular. A morte, o fechamento da janela, o apagar das luzes, nos remete à não mais necessidade de luz, de alma, de vista. A janela fecharia e observaríamos o escuro, o nada, o tudo, nào observaremos. Mas se o que se busca é o tudo, por que temer a morte?

O indivíduo (particular mas ao mesmo tempo todods os indivíduos) quer muito além de Deus. Ele quer ser o seu Deus. Não quer saber da verdade, mas criar uma verdade por si próprio que valha como objetivo para o objetivo. Queremos convencer o mundo da noss verdade e não nos convencermos da verdade do mundo. Não aceitamos perder debates e nos colocamos, desde o surgimento do pensamento, em oposição ao mundo.

Ao buscar convencer-se de que a sua verdade o aproxima da verdade absoluta, julgamos que poderíamos, individualmente, reportar, sob nosso ponto de vista, o todo. Demos, então, à subjetividade o poder objetivo e ainda não o tiramos dela.

E quando falamos de razão e de verdade, descobrimos o nada da morte. A morte então seria a negação da verdade, que, até hoje, está centrada no subjetivismo. A crença de que a época das luzes, o clacissismo e tudo o que a inteligência e o sol da razão nos trouxe são benévolos e progressistas, compreende a natureza de qualquer ser que se reconhece como tal. Isso mostra que o isso nos trouxe foi uma farsa. O homem busca provar individualmente sua certeza, o que faz com que a razão seja usada para a argumentação e não para a aproximação da verdade. Mostra que toda essa busca científica e filosófica foi uma busca pela inverdade, marcada pela presunção humana.

O que proponho é que isso não terá fim e que somente a morte encontra o fim de todas as interpetações. Proponho que com a morte deixamos de ser - ser, concebo como individualizar a existência - e passamos à eternidade, de maneira não religiosa nem transcendental. A morte, fisicamente, nos decompõe em átomos, o que nos faz pertencer ao mundo não individualizadamente. Filosoficamente, paramos de ter a possibilidade de questionar e, assim, somos a Hora de Fechar a Janela. Mortos, não temos necessidades e também não pensamos, pois a ninguém teríamos que convencer da nossa verdade, seríamos, entretanto, toda a verdade. Seríamos a própria falta de luz, de sol, seríamos a própria morte.

4 comentários:

Antônio disse...

e a morte, a verdade, sendo ela a única certeza da vida.

Antônio disse...

às vezes acho filosofia meio classe média... essa náusea e a contemplação dela, essas análises, me parecem muito uma alienaçào que me estagna!!!

O que falei agora parece também uma coisa muito revolu - LUTA DE CLASSES!

AI AI...

Luiza Gomes disse...

o ser-para-morte bombando seriamente nas últimas vidas.
meio classe média é ótimo hauhauah
seu materialista de merda :B

x***

Unknown disse...

nossa mas q crise ideologica, anta... filosofia pode ser classe media mas pelomenos a gente nao ta discutindo o episodio de hj de malhacao... seria bem mais facil, nao?