terça-feira, 11 de setembro de 2007

Propostas Não-Filosóficas

Vamos parar de preocupação. O que é o mundo, para onde vamos, quem somos, todas essas perguntas já possuem respostas: não há resposta. Mas não aceitamos isso, pois não queremos a resposta, queremos a pergunta. Vamos deixar essa loucura de sapiência de lado, não precisamos dessa neurose pelo exato e pelo determinado que nós buscamos. Já se sabe que a Verdade não existe. Que o que se busca como verdade, sempre será fruto de subjetividade. Mas continuamos a nos questionar. Por quê? Não há resposta. O que não é empírico não é passível de prova. Nem de contestação. Portanto, se vamos falar de metafísica, que paremos de nos problematizar com ela, de torná-la algo que nos “encuque”. Não temos de nos estigmatizar com a verdade, a morte nos mostrará o que é não ser, não subjetivar e, por isso não devemos nos antecipar, nos esquematizar, planejar. Por favor, passemos do estado de preocupação animal com o imprevisto e aproveitemos por sabermos da morte. Aproveitemos a vida enquanto vida, pois a morte não terá proveito, pois não haverá pensamento nem subjetivo. Que se busque o ébrio, o prazeroso, o proveito, o prazer, da maneira que esse prazer se colocar para você. Que haja o momento em que todos brindem a vida e não discutam-na. Comemorem enquanto podem e deixem a vida leve como ela é, não pesemo-la. Não há fim na descoberta da Verdade e das idéias não empíricas, portanto buscá-la é perda de tempo. Comparado ao eterno e ao infinito e à verdadeira verdade, o que é toda essa verdade subjetiva de argumentação e sobreposição de idéias de verdade? Nada. Nada ela corresponde ao todo, portanto é-se insuficiente a razão para esse tipo de solução: a razão, como adaptação evolutiva, é prática. Maldito e ao mesmo tempo bendito o homem que se questionou sobre a existência ao ver o fim do próximo com a morte. Maldito por criar a dúvida e a Náusea e seres em dúvida e a infelicidade feliz de toda uma espécie. Bendito por nos possibilitar descobrir que não se descobre, mas que se ousa descobrir. Aproveitemos as descobertas filosóficas e escutemos a resposta que ela já nos deu há tempos. Como bom inquiridor da verdade, o filósofo deve saber que a resposta que se encontra nem sempre é a que se quer encontrar. Paremos de querer encontrar as nossas verdades, individualmente: ela não existe. A consciência é para se gozar dela. Proponho, inacreditavelmente ou até ousadamente, o Fim da Filosofia. É Hora de Fechar a Janela.

Um comentário:

Antônio disse...
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