terça-feira, 18 de setembro de 2007

Os Outros

O que são os outros que muito reflito sobre? O que eles representam na minha mente? O que são eles? Tive que observar o que pensava sobre eles e imputei uma dúvida metódica sobre o assunto. Comecei a perceber que tudo aquilo que eu percebia como nocivo nos outros era tudo aquilo que eu pensava como nocivo; tudo aquilo que pensava como bom nos outros era tudo aquilo que eu admirava em mim. Passei a pensar então que todos são iguais a mim e que, logo, todos são de certa forma iguais. Todos tem todas as características e as exibem. Mas as exibem em quantidades diferentes e em intensidades diferentes. Vi, então, que não são todos iguais, apesar de possuírem as mesmas condicionantes, ou seja, as mesmas formas e pensamentos e sentimentos e dúvidas. Percebi isso também ao ver que eu possuía todas as características comportamentais e sentimentais do mundo, mas nem sempre agia com as todas, agia mais com umas do que com outras, havia outras que não agia, apenas pensava sobre e outras que só demonstrava para poucos, outras para muitos e outras para mim; isso diferencia os humanos – possuem várias possibilidades de reações e sentimentos que mostram e várias possibilidades de circunstâncias para expô-las ou não, assim eles “escolhem”, em virtude de suas experiências, como vão distribuí-las.

E que diabos são os outros? São eles mesmos. E para mim? O que são? São o reflexo de tudo aquilo que há em mim, que se evidencia por se mostrar em situações e circunstâncias diferentes das que eu exponho as mesmas; para mim os outros são aquilo que não aceito em mim e eu sou a única coisa que aceito de mim, nos devidos momentos, é claro.

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