quinta-feira, 8 de maio de 2008

Como num estalo, eu vim.
motivado por uma propulsão ardente.
Inquietante era.
Uma obrigatoriedade que seria cumprida.
A força do hábito, o vício, a minha vida.
Compensava, mas só às vezes.
Alternava, julgando bem, julgando mal.
era minha sina, de fato.
era minha idealização - isso estava berrando.
Começava a compreender outros sentidos.
Ainda era o mesmo símbolo.
Permeava pessoas, objetos, sensações e militâncias.
Ainda era o mesmo símbolo, embolado num nó de impossível desate.
Embalado por uma subjetividade não-tão-liberal, minha.
Ainda era o mesmo símbolo, que abafava o sentido de tudo o que iconizava.
O mesmo, mesmíssimo símbolo que parecia sugar tudo o que se passava.
O mesmíssimo símbolo, todo envolto de névoa, de desgaste, de explicação.
Símbolo esse que não deixava de ser, não deixava de refletir tudo de que tinha se apropriado.
Eu.

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