quinta-feira, 1 de maio de 2008

Introspecção

É difícil ser engraçado quando o que se vê é triste. É, triste. O difícil é dizer o que é. Poderia explicar como uma descarga hormonal mal explorada. Algo extremamente forte, que não está sob meu controle. Se impõe. As movimentações, os pensamentos, as expressões, símbolos, linguagem, não, não conseguem realmente traduzir. Sei do sexo, das drogas, da diversão garantida - garantida por quem? E depois acaba. Diversão. Que acaba. Em seguida lembramos, contamos, são memórias, sou eu. Sou eu. Eu sem ninguém. Sem a foda da noite, sem o amigo pra filosofar, sem a mãe pra perguntar, sou eu, que tenho que seguir, ou melhor, tudo seguirei, o que quer que se faça, farei. Mas e eu? Não sei, não está mais aqui, comigo, e não sei o que posso por ele fazer. Deixa ali, continua seguindo. Continuo seguindo Antes de mim, continuo a perguntar: falta mais tempo? já vão todos? Alguém voltou mas ainda não está onde estamos. Onde foi que parei?! Parei de frente para tudo o que se pode perguntar. Cansei de saber, cansei de serm cansei de participar, procriar, me distrair, me glorificar, me perpetuar! Quanta coisa em mim que não sei mensurar.

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