sábado, 27 de setembro de 2008

Vamos falar de aquecimento global, mais uma vez

Devo confessar que minhas reflexões sobre o tema andaram se conceituando melhor; mais nomes de mais bois já foram identificados. O aquecimento global, quer queiramos, quer não, é um acontecimento real conseqüente de práticas de seres que surgiram naturalmente nesse nosso tão redondinho planeta. O que digo é o seguinte: todos esses desastres ecológicos vividos agora são decorrentes do nosso nicho, e o nicho, por sua vez, não é algo estanque. Conforme mudanças no habitat vão ocorrendo, as espécies entram em competição pela sobrevivência, sendo essa modificação em algo considerável e importante para a manutenção das tais espécies. No caso da nossa espécie, mudamos o nosso habitat, migramos, como costuma ocorrer com muitos animaizinhos da floresta, da savana ou até das pradarias, e acabamos modificando aqueles habitats para os quais fomos também. Ao mesmo tempo em que estabelecemos uma relação de competição em relação a outras espécies – em geral vencendo –, nossos rejeitos, acumulados, alteram a formatação do ambiente. O que deve acontecer, naturalmente, segunda as leis da ecologia para que as espécies sobrevivam? Mudam seu nicho. É isso mesmo, nós humanos, ao percebermos que estamos mudando nosso habitat tão severamente, nos propusemos à mudança de hábitos, à mudança de nicho. Reciclagem, consumo consciente, criação de energias renováveis, nos propomos inclusive outros estilos de vida. Em uma era ambientalmente consciente que se espera atingir em breve, o que estaremos fazendo será nada mais que reestruturando nossas atividades de maneira que sobrevivamos, em função de uma competição com outras espécies e de mudanças ecológicas no espaço onde vivemos; vou repetir, mudança de nicho. A consciência é um mecanismo de perpetuação da espécie.

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