quinta-feira, 17 de julho de 2008

mesmo que esta não seja a melhor das minas.

Não deixo de remexer
nem de farejar torturado
por um distinto punhado,
nesse líquido misturado,
desta preciosidade maldita - o prazer.

E ele vem aguado:
em cada quantidade a colher
é preciso paciente entender
que há pouco, muito pouco - de doer!
dessa satisfação no fluído retirado.

Vou repetindo, repetindo,
sem ter como parar:
colho mais e mais, mecânico e banal,
acreditando - há de chegar uma hora,

que de tanto que o passei extraindo,
que nem mais consiga piscar
e, confiante no acúmulo total,
não queira mais da mina ir embora.

Um comentário:

Luiza Gomes disse...

essa é a busca que vale a pena ser feita, comcerteza. já que estamos aqui, conscientes e na viida, a saída é chafurdar por uma colherzinha de chá de satisfação.. linda a poesia, xoneeey!!