Não deixo de remexer
nem de farejar torturado
por um distinto punhado,
nesse líquido misturado,
desta preciosidade maldita - o prazer.
E ele vem aguado:
em cada quantidade a colher
é preciso paciente entender
que há pouco, muito pouco - de doer!
dessa satisfação no fluído retirado.
Vou repetindo, repetindo,
sem ter como parar:
colho mais e mais, mecânico e banal,
acreditando - há de chegar uma hora,
que de tanto que o passei extraindo,
que nem mais consiga piscar
e, confiante no acúmulo total,
não queira mais da mina ir embora.
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Um comentário:
essa é a busca que vale a pena ser feita, comcerteza. já que estamos aqui, conscientes e na viida, a saída é chafurdar por uma colherzinha de chá de satisfação.. linda a poesia, xoneeey!!
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