me sinto obrigado
por todos
a calar-me
como se o mundo
me impusesse um silêncio
das inconsistências da voz
do desinteresse de todos nós
e assim eu precisasse saber
descobrir
destrinchar os motivos
de tal
moral.
então falei
do sentido da loucura
e do nome dos bois
da história dos homens
e da cultura e da super-estrutura de massas;
e mesmo
assim continuei
num túnel com outros:
sozinho no meu quarto
na minha cidade
sozinho na América
no túnel de todos juntos
Ah, voz inconsistente!
Ah, o nosso desinteresse!
passa boi, passa boiada
silêncio, emplastro
rumo
à saída.
Passa boi, passa boiada.
Quem não sabe o que fala...
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