terça-feira, 26 de agosto de 2008

O mundo cai esparramado em cima de mim de uma altura de mais de 30 metros. Seu impacto me achata contra o piso de pedras portuguesas da calçada da Atlântica. Eu fico lá, estatelado, com o mundo sobre as minhas costas mais que fraturadas e observo o que há nas ranhuras entre as pedras. Sujeira preta e musgo. Esquecimento e vida nova.
(Uma mãe, moradora do topo do morro da providência, negra, tem um filho, negro.)
O mundo me pede licença grosseiramente e sai como se não tivesse sido com ele. E eu saio andando, todo quebrado, aterrorizado, de fininho.
"Mal-algradecido?"

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