segunda-feira, 4 de agosto de 2008

em campo de batalha

Se não é você,
que me impede, me joga, me chora,
constrói de mim uma idéia, droga,
me complica,
não me sai pela noite, nem pelo dia,
reserva meus tratos a poucos relatos,
a poucos macacos,
na minha caverna trancada e fria,
se não é você, quem é?
Quem é que não me deixa falar,
que não me entende e me parou de pensar,
entrou na minha festa,
bebeu minha cerveja,
roubou meu último pedaço,
iluminado, engraçado, acompanhado,
e eu assaltado, gelado, emboscado,
perdido;
quem é você, desgraçado alarido?

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