Mais uma vez, vem o tédio me forçar a agir. É estranho, porque não ajo por ter o que fazer, é justamente o contrário: por não ter o que fazer, vem uma agonia, uma raiva, um negócio que parece que sobe quente e desce frio, que me faz andar de um lado para o outro, tomar banho, fumar, dormir mais um pouco, ligar a televisão, beber dois copos imensos d'água e depois, voltar à frente do computador, onde já tinha tentado solucionar o problema do tédio antes, para tentar ver se alguma coisa de novo havia acontecido no mundo cibernético. Porra nenhuma, diga-se de passagem. Aí, como quem não quer nada, acabei tendo que fazer com que alguma coisa, por mais banal que seja, por mais que não interfira na vida de ninguém, nem na Ordem Mundial, nem nas órbitas dos planetas, nem mesmo no meu movimento peristáltico, para ver alguma coisa mudar. Mudei, escrevi, acrescentei alguma coisa a algo, mesmo que pouquíssimos vejam, mas mudei de fato alguma coisa. Acho que era disso que precisava, não precisava mudar o mundo, precisava apenas agir de alguma forma, mesmo que agir me remeta a alguma grande ação. Dessa vez, como na maioria delas, foi apenas uma pequena, pequenina, diminuta, imperceptível, contudo atenuadora, ação.
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