segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Amiiiga

Acho que a entorpecência é a minha melhor amiga. Me abraça, me conforta, me lembra que não sou só mágoa, me cega da ciência exacerbada que julgo ter da vida. Me apaga o valor e o juízo que faço de tudo; só me proporciona sorrisos, não só meus, como dos outros à minha volta. Acho que já estou com saudades de ti, querida entorpecência, vulga loucura, que por tantos conscientemente negada e por muitos inconscientemente suplicada a presença.

Querida amiga,
estou com saudades de você, mas você não me procura, acho que você não me ama! Tenho que te procurar, te caçar por muitos lugares, e muitas vezes você vêm suja, machucada e, ainda por cima, ingrata. Mas, para nós dois, o meu amor só já basta, deixa que te busco para ficar aqui comigo, só nós dois.

Que coisa, olha pra mim, conversando com minhas ânsias, com meu inconsciente, com minha química forçosa e progressivamente desregulada, conversando com quem não pensa, mas incrivelmente me completa, sem eu precisar completá-la. Acho que já preciso me encontrar com você.

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